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Le bébé

Todo mundo me pergunta se eu tenho algum chute. Se é menino ou menina, como assim, você deve “sentir” algo. Não sei se eu já perguntei isso para grávidas antes de mim (provavelmente sim), mas prometo que nunca mais pergunto. Porque não, gente, eu não tenho um chute. É um bebê crescendo dentro de mim, ele(a) come o que como, ele(a) talvez até sinta o que eu sinto, mas fora isso não tem a tal “ligação mágica” que algumas pessoas acham que existe (bom, pelo menos não existe comigo), a gente se curte, mas não bate um papo cósmico ou troca confidências pela corrente sanguínea. Não sei se, sei lá, eu deveria me sentir mais masculina ou feminina, ou de repente perceber se naquela manhã meu vômito foi particularmente rosa ou azul. Mas por enquanto tudo o que sinto é que não vejo a hora de chegar o carnaval (e acho que é a primeira vez na vida que digo essa frase) para ver essa coisinha fofa ao vivo. Estar grávida é divertido, mas de vez em quando me faz me sentir meio como o Homem Elefante (e não, não é por conta do meu tamanho).

Os únicos chutes bem acertados, por enquanto, é ele ou ela quem está dando. E são vários! : )

 

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Um financiamento coletivo agradável

 

Não vou começar esse post como o início das entradas dos meus diários de quando eu tinha 7 anos de idade. Tem uma clássica que é assim: “Buááá diário, buááá, desculpe-me por não escrever em você por tanto tempo! Mais tarde eu volto. PS: (escrito em outra caneta) Desculpe-me por não voltar”.

Isto dito, vamos direto ao assunto: desde que o senhor Guilen-Almeida (também conhecido como meu marido, mas mundialmente conhecido como Julio Almeida) decidiu sair das garras maravilhosas do mundo corporativo, está seguindo a vida como, dentre outras coisas (incluindo um cozinheiro surpreendentemente de mão cheia!), ilustrador. Ano passado ele desengavetou um projeto que eu havia feito em 2009 (slow-projects, a gente vê por aqui) e foi atrás de tudo: criou as páginas na internet, foi atrás de fãs e teve a disciplina incrível de desenhar mais de 700 missões para compartilhar no facebook e instagram do Um Ano Agradável.

O projeto tá lindo, é nosso primeiro bebê (o segundo, de verdade, chega em fevereiro, caso não saibam!) e está tentando alçar voo: acabamos de lançar uma campanha no Catarse para arrecadar dinheiro para mandar imprimir 1.000 agendas físicas de nosso ganso favorito!

Veja o vídeo aqui:

Caro leitor que ainda lê esse blog, você mesmo, escondido atrás de um balcão de antiguidades e coberto de pó, ficarei tão grata se você nos ajudar! Com 30 reais já dá pra garantir uma agenda e ser extremamente, agradavelmente feliz!

Clique aqui para ajudar!

 

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Quando você viaja em busca de uma coisa e encontra outra

Depois de 1 mês em Portugal, país pelo qual eu vinha apaixonada à distância nos últimos tempos, voltei com o coração partido. Acabou que conheci ao vivo esse meu amor virtual e o encontro foi daqueles que só gente que já se frustrou ao vivo com aquele amor do ICQ entende: eu e aquelas ruas não tínhamos nada em comum, eu e aquelas paisagens passamos todo o tempo olhando umas para as caras das outras, insistindo, tentando puxar assunto e falhando miseravelmente. O coração não cantou e partiu.

Depois de 1 mês fora de São Paulo lidando com o desconhecido, cheguei no açougue do mercado do meu bairro e o açougueiro, que eu nem sabia que lembrava de mim, me disse: “hoje tem costelinha suína, aquela que você adora e que nunca tem quando você vem”. Sorri para essa cidade tão cansada e falei “vou te dar mais uma chance, sua danadinha”.

Casa, casa, quando é que eu vou encontrar esse lugar que eu sei onde está, mas só precisa de um lugar pra se encostar? Quando encontrar, vou me encostar feliz, comprar meu piano e meu forno de verdade.

Por enquanto, vamos cozinhar essas costelinhas que eu adoro – e que dessa vez tinha quando eu fui.

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Cheguei cá

Como é bom cá chegar.  Onde se nunca pensou chegar (mas se imaginou, que é bem melhor). Como é bom ter marido ter casa ter história ter paz ter Deus ter tudo isso e não ter nada que não precisa tanto assim. Como é bom não ter chegado lá, mas sim ter chegado aqui. Ter se aprochegado aqui com toda essa música e esse gosto e essas tardes e esses dias todos.

Como é bom, mas como é bom, meu Deus, chegar aqui e não lá.

 

[ e como é bom ler mais textos em português de portugal, redescobrir sua própria língua e usá-la com mais carinho ]

 

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E eu que achava que era só criatividade

Eu nunca fui daquelas com boas estratégias no War. Enquanto todo mundo passa rodadas e mais rodadas bolando planos mirabolantes e sendo extremamente pensador com seus exércitos, costumo ser aquela que entrega o objetivo logo na terceira ou quarta rodada – num bom dia, na quinta rodada. Porque não sou muito de estratégias, sou de sorte e curtição.

E eu pensava, pensava, tolinha, que escrever livro era pura intuição. Era sorte, era curtição.

Até que cheguei na hora de revisar a história.

Bom, aí, meus filhinhos, toda escrita virou um jogo de War. Porque é preciso estratégia, coerência, cálculo, noção. Uma ponta tem que grudar na outra e somar com outra e segurar a história toda com uma linha, tudo isso sem deixar a estrutura tomar a frente na história, que tem que continuar sendo legal, como se tudo tivesse sido feito de pura sorte, intuição, organicamente.

Juro que não sabia que escrever podia ser tão parecido com engenharia.

Não sei nem se esse post vai fazer sentido pra vocês, mas estou gastando meus neurônios tentando remontar uma história de 15 anos de idade por aqui, então tenham misericórdia.

 

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Arrumem seus bookmarks, meus amiguinhos

Essa sou eu sorrindo para as pontes que parti.

Esse ano, Palitos de Fósforo completou 10 anos de vida! Pegue seu chapéu de festa e… desencane porque ele acaba de morrer.

Sim!!!!!!!!!!!!!! mas não.

Apenas me desapeguei de seu nome, que parecia genial na época, mas nunca acendeu muito fogo, não.

O que aconteceu é que eu… bem, eu decidi assumir minha própria personalidade. Esse blog agora tem nome próprio: meu nome próprio. Francine Guilen. Meu nome de guerra, de escritora, de muitos planos para o futuro – que finalmente não está tão distante quanto esteve estando nos últimos anos.

A última frase não fez o menor sentido, do jeitinho que eu gosto.

Mas enfim, tudo o que quero é que as uma ou duas pessoas que ainda tenham esse blog salvo como PALITOS DE FÓSFORO, por favor atualizem: agora meu nome é, cada vez mais, WWW.FRANCINEGUILEN.COM 

 

Já era tempo.

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16 anos.

Hoje, faz 16 anos que eu comecei a criar esse adolescente louco no qual ele se transformou.

Willifill. Meu rebento, meu primeiro filho, meu livro, minha fantasia, minha ficção, minha história que vai nascer esse ano.

Muito já pensei se demorar dezesseis anos para escrever um livro seria um absurdo. Seria ridículo, teimosia, um pouquinho patético, até.

Ainda acho que se ele não der certo (um pouquinho que seja) vai ser meio triste. Vai ser bem ruim ouvir tanta gente falando “mas dezesseis anos… pra isso?”. Que eu deveria ter desistido, mudado de ideia, investido dezesseis anos em outra coisa (se fosse em banco, eu tava rica).

Mas, sei não.

Um dos pontos fundamentais da minha história é que ela se passa em uma terra fantástica em que tempo não existe. Passado, presente e futuro se misturam, não existe hora, não existe mês, não existem 16 anos.

Acho que combina bastante com ele. Um livro que ignora tanto o tempo passar tanto tempo sendo feito.

Desejo mais tempos assim. Menos calculistas. Menos contadinhos. Menos temporais. Mais ensolarados.

 

 

 

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Cobranças e pagamentos

Ultimamente tenho me sentido cobrada por Deus (é, Deus, porque não tenho mais paciência para traduzir Deus como “universo” pra parecer mais moderna) pra dar mais atenção e carinho pras pessoas. Não, não aquelas pessoas fáceis de dar atenção e acarinhar. As pessoas difíceis, difíceis. Aquelas que a gente acha muito mais fácil e seguro trocar por uma checada no celular e um leve aceno de cabeça.

Te contar… e ainda tem gente que acha que o mais difícil de ser religioso é não beber. 🙂

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Pílulas de sabedoria pra você tomar com café

Conseguir ser crítico, corajoso e sincero e continuar tendo um bom número de pessoas que gostam de você por você – uma meta difícil, mas boa, a seguir.

De que vale ser experiente se tudo o que você experimentou foi um pouco da mesma coisa sempre? Não é necessário ter excesso de experiência, mas sim as experiências certas.

Expertise não é esperteza.

Conhecimento é comida. Comida pode alimentar, dar vida, matar ou apenas engordar.

(o mesmo vale pra relacionamento).

Estar à disposição e estar disponível são duas coisas diferentes.

O melhor investimento é tomar um tempo pra decantar e ter mais clareza – de dentro pra fora e de fora pra dentro.

Se é bom (e você deixar), acontece.

Nem toda ponte precisa ter um fim.

 

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A vendedora

A velhinha de cabelos infinitos ficava no meio da estrada sentada e em sua venda vendia

1. Filtros de nãos

2. Pacotes de expansão de alma, espírito e cabeça

3. A noção de que você pode tudo o que puder fazer sorrindo

4. Mais tardes divertidas com seu amor

5. Controle e extermínio (moderado) de cabeças de vento

6. Catalogação de bom senso

7. Um espelho bonito de se ver

8. Uns textos que falavam a verdade

9. Pílulas fitoterápicas anti-empolamento

10. Manuais de desregras

 

De vez em quando tinha até bolo de cenoura.

 

 

Imagem daqui http://www.designmom.com/2013/02/not-your-average-grandparents/

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