Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

trabalhando pra fora.

às vezes o bloqueio criativo vem de fora. Clique pra ampliar.

Triste, mas é verdade. Às vezes quem faz isso são professores, chefes, clientes ou pessoas desconhecidas, sempre tão prestativas.

Nunca vou me esquecer do meu primeiro chefe oficial, que fazia o estilo do penúltimo quadrinho, era desesperador. Bons tempos. O auge foi quando ele pediu pra eu fechar os olhos de um garoto numa foto, usando o Photoshop.

clientes legais

View comments

Mas aí… eles começaram a trabalhar.

No DVD Bastidores da Comédia, do Seinfeld, ele responde ao entrevistador, que pergunta sobre se ele era o engraçadinho da turma nos tempos do colégio:

  • – Quando eu era novo, todos os meus amigos eram engraçados. Todos eram “o engraçadinho da turma”. Mas aí… eles começaram a trabalhar.

Fico com medo de ficar mais séria quando estiver cada vez mais dentro do dia a dia corporativo. Por sorte, trabalhar em ambientes criativos deixa as coisas um pouco menos sisudas. Aliás, parece que é até obrigação continuar sendo o engraçadinho da turma se você é um publicitário ou coisa que o valha. E, estereótipos à parte, eu gosto disso.

Mas a tendência é mesmo que as pessoas fiquem menos fanfarronas e cada vez mais sem graça quando começam a trabalhar. Mesmo com esse feliz carma publicitário, já vi que vários dos meus amigos da faculdade (eu inclusive) perdemos um pouco daqueles olhinhos mágicos e das tardes de refrigerante free no Burger King. Será que perdemos o tempo, fomos sufocados pelos Atendimentos, os escarpins estão apertando demais ou é tudo impressão minha?

De qualquer forma, não há tanto o que reclamar. Se eu fizesse Direito, acho que morreria.

Parece que os Doutores da Alegria estão com um projeto super bacana de “humanizar” empresas também, além de hospitais. Veja algumas fotos da visita que eles fizeram lá na agência aqui no blog da MaWá. Vale lembrar que o Canto Cidadão se preocupa com esse universo empresarial há já um tempo também, fazendo palestras divertidas sobre cidadania e bom humor.

Esse projeto dos Doutores da Alegria ainda está no começo, e já imagino que seria divertido se, pra esse novo braço [ou eu diria nariz?] da instituição, eles fizessem os Executivos da Alegria, com palhaços de terno, e usando clips e post-its como apoio às piadas. 🙂

melhorequipedemimica.jpg

o melhor grupo de Imagem e Ação do 2º ano da faculdade. Hoje, ex-Young, IThink, África, Salem e quase-Abril. Ainda assim, o melhor grupo de Imagem e Ação. 🙂

View comments

sem ciúmes, galera.

Rebeca, senta aqui. Willifill, pare de puxar as tranças dela. Pargarávio, não bata na sua irmãzinha supimpa. E você, quer parar de mexer com seu irmão mais novo? Palitos de fósforo são perigosos! Vocês todos, querem se comportar???

Se minhas invencionices assumissem formas de carne e osso, estariam assim mesmo. Vejo todas numa daquelas festas infantis cheias de coxinhas frias, tomando Coca sem gás e puxando o cabelo uma da outra, tentando aparecer, querendo ganhar mais mesada que o outro, querendo ganhar mais presentes.

Gente, eu quero que todo mundo ganhe mesada um dia, quero mesmo. Mas por enquanto só a Supimpa faz isso. E tem uns filhos que exigem mais atenção que outros. Não vou me perdoar se algum deles virar um viciado, ou fugir de casa pra nunca mais voltar. Tento ir levando. Desculpa, gente, vou dando comida pra vocês crescerem, mas aos poucos. Alguns me exigem tanto tempo que eu acabo pirando, e só posso mimar nas férias. Outros choram querendo ser atendidos a todo segundo.

Eu tento, juro que tento. Só quero que parem de disputar aí dentro.

Alguém quer mais groselha?

Existe uma pequena e leve chance de eu sofrer de esquizofrenia, esse post me diz alguma coisa.

View comments

. . .

sabe quando você tem uma lista enorme de idéias (em papel, assim, de verdade), só que não consegue passá-las pro papel?

sei que é uma questão de sentar diante do computador só pra escrever e sem me distrair com outra coisa, mas às vezes ter DDA não ajuda, e até um fio intrigante vagando na janela lá na frente é mais interessante que escrever.

enquanto isso a listinha vai crescendo.

View comment

o Harry Potter é um chato.

olha, eu nem queria dizer isso, parece até dor de cotovelo, só porque a J.K. Rowling está multibilionária e eu não. Mas lendo esse sétimo livro, agora, do alto e rasante dos meus 20 anos, reparei que a dona Joanne é uma picareta que sabe desenvolver tramas muito bem, mas que escreve mal.

direi isso em mais detalhes quando concluir esse último livro da sortuda inglesa, provavelmente no meu Pargarávio, mas por ora vamos filosofar sobre como, afinal, é difícil escrever bem, mas é ainda mais difícil criar um personagem carismático e identificável.

pois vamos ao título desse post, o Harry Potter é um chato. Com o desenrolar da trama, eu pego cada vez mais antipatia por ele. Afinal, apesar de ser famosíssimo e o protagonista de uma série divertida (da qual sou fã desde, sei lá, uns 13 anos), ele como personagem é insosso e chato pra caramba. Eu reparei que a personalidade dele é nula. Enquanto a Hermione é a menina inteligente e o Rony é o bruto com coração, o Harry Potter foi inteiramente baseado na importância histórica dele no Mundo Bruxo e nos episódios trágicos de sua vida e sua personalidade mesmo foi esquecida. Ponto, acabou.

a única coisa que sei dizer a respeito é que ele é uma menininha de 12 anos irritadinha. As falas dele não têm vida, não expressam qualquer outra coisa. E isso é esquisitíssimo, já que são 7 livros e todos narrados a partir da visão dele. Era pra conhecermos o moço e vivermos sofregamente tudo com ele, mas o máximo que passamos junto com o garoto é sentirmos dores cada vez mais intensas nas cicatrizes e nas entranhas. E, pior, apesar de toda confusão mental até compreensível, seus momentos de raiva são tão constantes e repetitivos que parece que a intenção é justamente que antipatizemos com o chato da cicatriz.

eu sinto esse problema muito forte na hora de escrever: desenvolver personagens é sinônimo de pânico constante. Fora a Rebeca, de quem eu já falei, que é uma versão já pronta de mim, quando preciso criar personalidades críveis pra novos personagens tenho vontade de largar tudo e sair correndo.

e nem é só isso: dá pra fazer aquelas fichas mágicas que os especialistas indicam, com traços, gostos e preferências dos personagens de seu livro, isso facilita sim… mas experimente transmiti-las para os seus diálogos sem parecer forçação de barra. É trabalho de doido.

depois de muitas tentativas frustradas e personagens-Harry Potter cujas falas não tinham personalidade alguma, podendo sair deles ou de coadjuvantes quaisquer, me decidi por um novo método: baseio meus filhotes em pessoas que conheço, ou tipos de pessoas que conheço, e, no caso de protagonistas, com quem eu tenha características em comum.

ainda assim, é estranho, meu protagonista ainda está falando umas coisas aparentemente tão sem rosto que já estou ficando preocupada.

se ele sentir a cabeça latejar, aí aviso, porque vai ser caso de polícia.

View comments

em busca do disquete perdido.

Então disquetes ainda eram meio difundidos, estávamos em 2005. Primeiro ano da faculdade, sem casa fixa, portanto sem gravador de CDs, e com muitos trabalhos pra fazer.

E naqueles tempos sem pen-drive, não sei qual das vozes na minha cabeça me aconselhou a que eu sempre andasse por aí, não com bloquinhos, mas com um disquete com o livro inteiro dentro da mochila.

Encantada pela modernidade da coisa, fiz isso. Não sei, não pergunte porquê eu simplesmente não o armazenei em um dos meus e-mails, porque muitas coisas na vida não podem ser explicadas.

A menina aqui simplesmente andava por aí com um disquete que continha alguns anos de trabalho, e um selo laranja escrito o nome do livro e a data de início.

O resto da história você deve ter sacado. Nada que Murphy não faça sem a ajuda de uma urgência, acompanhada de um esquecimento.

Já que computadores de laboratórios da faculdade ainda não contam com um alarme “EI, VOCÊ ESTÁ ESQUECENDO SEU CD, SUA LHAMA!”, sempre há o bom e velho “achados e perdidos” no canto, cheio de trabalhos perdidos para todo o sempre. Até hoje eu ainda passo lá, só pra aliviar minha consciência.

A verdade é que nunca mais o encontrei. Coloquei até anúncio no mural da faculdade, mas nada.

Fico pensando em quem foi que o encontrou. Se chegou a ler, se chegou a entender a importância daquilo. E podia dizer pelo menos se gostou, o maldito. Me encaminhar uma resenha anônima, qualquer coisa que fosse.

Sei que hoje, em algum lugar do Paquistão ou Coréia Comunista, as 15 primeiras páginas de uma versão antiga do meu livro devem constar no topo dos mais vendidos…

View comments