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Você tem um minuto?

Acabei de assistir a um filme nem tão bem executado, mas com uma ideia bem perturbadora. No Preço do Amanhã a moeda corrente é o tempo, num futuro em que as pessoas andam com um cronômetro mostrando quanto tempo de vida elas ainda têm, tatuado no braço. Você vê cada segundo se esvaindo, e a cada nova aquisição, o tempo diminui no cronômetro.

Ando bem incomodada de ver o desespero com que a gente precisa correr pra um computador pra ver as atualizações do facebook, procurar o que está acontecendo no iPhone, sendo alimentada pelos feeds como se a vida dependesse disso. E se você tivesse seu tempo restante de vida tatuado no braço, diminuindo a cada segundo, com que frequência correria pra ver a vida passar no dashboard do tumblr? E você teria feito o que você fez na última hora?

E na vida real a gente não consegue nem comprar mais tempo!

– comprei Amor Além da Vida, o livro que originou o filme, na banca da estrada porque esqueci o livro que estou lendo em São Paulo. É interessante como ele guarda algumas semelhanças com o livro que estou escrevendo, o que quer dizer que, sem querer, ele pode ter uma explicação espírita bem doida – e eu adoro essa possibilidade!

– no meu livro, a moeda corrente também não é dinheiro, mas sentimentos. 🙂

– e quando encontramos muitas semelhanças das nossas coisas com o que andamos lendo ou vendo é que estamos escrevendo, lendo e vendo as coisas certas!

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Ler do jeito certo

No meu livro existe uma biblioteca chamada Biblioteca Proibida. A entrada é franca (muito franca) e alguns personagens, uns coitados que leem com a cabeça, acreditam realmente que aquela biblioteca é proibida pelas autoridades do local. Eles leem escondidos em suas mesas, sem nem notar que milhares de pessoas em volta estão lendo, desproibidamente, de maneiras muito mais completas. Transcrevo um trechinho aqui:

Na verdade, a um segundo olhar mais minucioso, era possível perceber que aqueles sujeitos não estavam realmente lendo – ou não o faziam da forma tradicional, pelo menos. Uns lambiam as páginas, outros assopravam, outros batiam com os dedos nas folhas sem dó nem piedade, outros, ainda, conversavam com as páginas, animadamente. A leitora mais assídua ali no canto mergulhava de maiô e tudo dentro de um livro (e letras espirravam por todos os lados, uma bagunça). Era possível contar nos dedos quem lia olhando para as páginas, paradinho, paradinho.

É que lembrei disso ao assistir a um dos curtas de animação que está indicado ao oscar, The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore. Pode até ser que a ideia não seja a mesma, mas senti uma certa sintonia com minha cabeça e estou encantada com essa animação. Olha só:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=Adzywe9xeIU]

Estou ansiosa pra assistir no iPad!

*dedico esse post ao querido tio Sandro, que faz aniversário hoje e sempre foi minha inspiração, desde cedo.

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keep calm and smash the potato sacks

Eu sei, eu sei que existem milhões de assuntos que estão na boca de todo mundo por aí (todo mundo menos a Luíza que está no Canadá) e que eu poderia dar minha opinião sobre eles aqui. O absurdo no BBB, o SOPA, os aprendizados que estou tendo com o projeto com meus avós, minha raiva do tamanho do mundo perante a mulheres que agem como sacos de batata na vida profissional, o novo jeito que descobri de secar meu cabelo, mas isso todo mundo já disse, todo mundo já sabe. É que passei no blog do Seth hoje e algo saltou aos meus olhos. E digo mais: esse algo não só saltou, como saltou e fez esta dança dos Nicholas Brothers aos meus olhos.

Eis o algo:

“The thing is, we still live in a world that’s filled with opportunity. In fact, we have more than an opportunity — we have an obligation. An obligation to spend our time doing great things. To find ideas that matter and to share them. To push ourselves and the people around us to demonstrate gratitude, insight, and inspiration. To take risks and to make the world better by being amazing.”

Seth Godin

Eu TATUARIA essa frase (se eu fosse dessas).

Ah. E se quiser ver algumas opiniões minhas sobre os assuntos supracitados, não deixe de me seguir no Twitter. Ando tagarela por lá.

E pra não falar que não falei do SOPA:

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Chorei com poesia falada – e olha que nem gosto de poesia

Quarta feira daquelas que você não sabe bem se vai, se fica, se sobe, se desce, se chega no trabalho e só fica de fone torcendo pra ninguém olhar pra você.

E meu diretor me manda esse vídeo.

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de porque eu ando até meio adoentada por não parar de não parar

“… o moralista, o próprio filósofo só querem ver o criminoso: refazem o mal à imagem e semelhança do homem. Não têm ideia alguma sobre o mal em si, essa enorme aspiração do vazio, do nada. Porque se nossa espécie deve perecer, perecerá de repugnância, de tédio. A pessoa humana terá sido roída, lentamente, como uma trave, por esses cogumelos invisíveis, que, em algumas semanas, transformam um pedaço de carvalho em uma matéria esponjosa onde se pode enfiar o dedo, sem esforço. E o moralista discutirá paixões, o homem de Estado multiplicará guardas e funcionários, o educador redigirá programas – gastar-se-ão tesouros para trabalhar, em vão, sobre uma massa já sem fermento.

(Veja, por exemplo, essas guerras generalizadas que parecem denotar uma atividade prodigiosa do homem, quando, ao contrário, não revelam mais que sua apatia crescente…)”

Georges Bernanos, Diário de um Pároco de Aldeia

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é hora de MUDAR.

Nada melhor que o primeiro dia do ano pra falar que tem hora que é hora de largar tudo e começar algo novo – às vezes, na loucura, às vezes, de caso bem pensado. E quando os dias no escritórioagênciaprodutora não cabem mais no seu dia?

O site Cards of Change  reúne cartões de visita de pessoas que chegaram lá, mandaram tudo aos batatais e foram atrás de alguma outra coisa. É divertido, é curioso e, acima de tudo, é inspirador.

Quer mais, quer mais? Então se cadastre no revolution.is e receba toda semana uma história de alguém que pulou alto. Tudo bem que a maioria dessas pessoas fez isso porque tinha algum patrocínio por trás (ninguém vai morar na Índia se alimentando de luz), mas isso é assunto pra outro post um pouco menos positivo. : D

Vem ni mim 2012, se você não vier, eu vou!

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Texto de trabalho

Como você usa agenda? Anota a tarefa que tem pra fazer, não faz hoje, esquece amanhã, passa pra depois de amanhã, repassa pra daí um mês, aí você faz. E risca. E que bom riscar a tarefa, dá vontade de pegar um pacote de apitos e celebrar (mesmo quando você só riscou porque riscar é legal, sem fazer nada). E língua de sogra.

Vitor Hugo denunciou os problemas, mas não resolveu

Questione o óbvio. Por favor, criticam o cristianismo há uns dois mil anos antes daquela sua tia carola nascer. Enquanto todo mundo questionar as mesmas coisas, as respostas serão sempre as mesmas.
Algumas atitudes que vejo Tenho a ompressão de que se dependesse da atirude “rebelde de muita gente por aqui ainda estaríamos nos achando homens da caverna muito modernos e bem resolvidos sem aquela roda ridículo q aqueles velhos inventaram

Criar sem medo. Se criticarem, sei que tá bom, a crítica dói menos.

Post nonsense com trechos de rascunhos feitos durante 2011.

Mais que hora de limpar rascunhos, né? 🙂

E se quiser algo com mais sustância, dá um pulinho aqui: http://blogsupimpa.wordpress.com/2011/12/31/um-ano-novo-charmoso/

Vem, 2012 SEU LINDO!!!

Ps: o iPhone corrigiu nonsense como nonagenária

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sobridade

Sobre idades: só recentemente parei (ou estou tentando parar, é difícil) com uma encrenca mental de que a vida é feita de infância-adolescência-fase adulta-velhice e morte e só pode ser enxergada assim. Desse ponto de vista, quem morre aos 30 anos não teve uma vida completa, e isso não existe. A vida se completa assim que a gente morre, independente da idade, então como a vida é doida e podemos morrer a qualquer segundo (ufa, não foi esse, esse também não, olha, tou viva ainda) um raciocínio bacana é pensar assim: minha biografia já está completa. A cada segundo sua vida é essa, pronta e empacotada e quando rolar o ponto final é porque a história já estava lida e linda, independente se você já construiu um império ou não.

Isso ajuda a não pirar, a não focar  a vida apenas na espera de alguém que não vem e a olhar pra esse link de um jeito diferente.

Preparado?

Clique, conte quantos anos você tem e veja as coisas que pessoas realizaram quando tinham a sua idade.

E depois vale a pena ver esse vídeo que me faz meio que chorar sempre que assisto:

 

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as listas de 2011

Porque a frase acima é a frase de 2011 e porque fim de ano que é fim de ano precisa ter listas. Eu acredito que um ano é muito mais que os livros que você leu ou os shows que você frequentou (muito mais? é COMPLETAMENTE mais), mas como o blog fala sobre cultura, acho que combina e vamos ser felizes assim.

Estou sem o menor saco pra escrever resenhas aqui, então vai só o que lembro de ter consumido esse ano, em ordem do melhor para o pior, na minha opinião, em cada categoria, como curiosidade, mesmo. Divirta-se : )

LIVROS QUE LI EM 2011

Paris é uma Festa (Hemingway)

Tudo se Ilumina (Jonathan Safran Foer)

The Catcher in the Rye (J. D. Salinger)

Ilusões Perdidas (Balzac)

Cem Anos de Solidão (Gabriel Garcia Marquez)

Viver e Escrever 1 (Edla von Steen)

O Velho e o Mar (Hemingway)

The Financial Lives of the Poets (Jess Walter)

O Gigante Gargântua (Rabelais)

Os Prazeres e Desprazeres do Trabalho (Alain de Botton)

A Idade da Razão (Sartre)

Misto Quente (Bukowski)

 

(GRANDE PARTE DOS) FILMES A QUE ASSISTI EM 2011

Marcelino Pão e Vinho

O Rei Leão 3D

O Palhaço

Meia Noite em Paris

A Última Loucura de Mel Brooks

A Mais Querida do Mundo

Amores Brutos

Adivinhe Quem Vem para Jantar

Um Casamento Original

Arthur – O Milionário Sedutor

Quinteto da Morte

Ama-me ou Esquece-me

Agora Seremos Felizes

A Morte lhe Cai Bem

Mogli – O Menino Lobo – Disco 1

Taxi Driver

Terra dos Mortos

Iris

Loki – Arnaldo Baptista

Malu de Bicicleta

É Proibido Amar

A Vida de David Gale

Direito de Amar

Metrópolis

Mistérios da Carne

Cilada.com.br


(UM POUCO DAS ) PEÇAS, SHOWS E EXPERIÊNCIAS CULTURAIS DE 2011

Ok Go

Tangos e Tragédias

Cirque du Soleil Varekai

Tarântulas & Tarantinos

New York, New York!

Banda Gentileza

Dinner in the Sky

Trupe Chá de Boldo

Kate Nash

 

E, pra finalizar, normalmente eu acabaria publicando a trilha sonora de 2011, mas acho que ela inteira pode ser resumida neste vídeo abaixo. Um 2012 lindo assim pra vocês.

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Três Palitos | Trupe Chá de Boldo

Que bom ver você por aqui. : ) Bom porque hoje é tarde de estreia de um novo projeto do Palitos de Fósforo, o Três Palitos.

A proposta é mostrar como pessoas das mais diversas áreas lidam com seus processos criativos e ouvir alguns causos inspiradores ao pé do fogo. Basicamente, fiz 3 perguntas relacionadas à criação e fui atrás do que cada um tem a dizer. As perguntas são basicamente: 1 – comente sobre o processo criativo de algum trabalho seu 2- você já teve algum bloqueio criativo? 3- o que você pretende mudar ou ressaltar com suas criações?

Tá a fim de participar? Manda um e-mail pra mim!

E a estreia desse projeto não poderia ser melhor: convidei o pessoal da Trupe Chá de Boldo, uma banda surgiu pra mim como um antídoto às bandinhas disfarçadas de inteligentes que ficam chorando pelos cantos reclamando da vida – e por isso marcou bastante esse ano que se vai para mim. Conheça a Trupe e confira as respostas deles!

Site Myspace

A Trupe Chá de Boldo nasceu no início de 2005. Em pouco tempo, sua formação inicial de apenas 3 pessoas multiplicou-se, até chegar a sua formação atual e fazer jus ao nome, com seus 13 integrantes.

Em julho de 2007, a Trupe gravou seu disco demo. Após o lançamento no Teatro Uranus recebeu o convite para se apresentar no Studio Sp, ainda localizado na Vila Madalena. E foi lá, depois no baixo Augusta, Teatro Oficina, Sesc Pompeia e nos pré-carnavais armados em parceria com a banda Cérebro Eletrônico e a cantora Tulipa Ruiz que a Trupe Chá de Boldo – afetada pela urbanidade poética de São Paulo e pela convivência com diversos artistas da cena musical paulistana – iniciou o “Bárbaro”, seu primeiro álbum.

O disco, que contou com a produção musical de Alfredo Bello, foi gravado entre agosto e outubro de 2009 e  lançado em maio de 2010. Desta viagem participaram ainda, entre outros tantos, Simone Sou, Gabriel Levy, Tatá Aeroplano, Gero Camilo e Leo Cavalcanti. Desde então a Trupe leva sua música para diversos palcos do Estado de São Paulo. Neste exato momento, a Trupe encontra-se em estúdio gravando seu próximo álbum! Aguarde 2012 para o lançamento deste novo disco que tem a produção musical assinada por Gustavo Ruiz Chagas e participações especiais de André Abujamra, Lu Horta, Marcelo Preto, Alzira Espíndola, Peri Pane, Tatá Aeroplano e Márcia Castro.

1. A INSPIRAÇÃO
O bom da inspiração é quando ela pira mesmo. Algumas canções da banda foram animadas por histórias loucas. “À lina”, por exemplo, nasceu às vésperas da Trupe realizar um show no Teatro Oficina. Como estávamos muito concentrados nessa história toda acabamos pesquisando um pouco da história da Lina Bo Bardi, da relação dela com o Oficina. Lemos uma frase em que ela diz que um arquiteto não atravessa, mas sim quebra as paredes. A partir daí começamos a pensar em como a cidade poderia ser diferente se os espaços fossem mais abertos. Por isso os versos “pra que entrem todos os insetos/ para aqui dentro desembolorar/ para ver melhor a rua/ para a lua poder entrar/ para quem curte o sol/ para quem quer se soltar/ para que as plantas todas/ aos poucos possam se aproximar/ eu quero quebrar as paredes/”. No próximo disco da Trupe, gravado em outubro e em processo de mixagem e masterização, algumas canções irromperam de situações vividas. “Verão” aconteceu depois que alguns integrantes da banda passaram a morar juntos. A escolha em viver juntos e não cada um sozinho, com a mulher, a namorada, enfim, é explicitada pela letra. “…meu bem/ melhor no porto que a porta/ melhor na chuva que com chave/ melhor no sol do que na sala/ melhor na estrada do que no estrado”. A vida inspira!

2. O BLOQUEIO
A gente não passou ainda por um bloqueio criativo. Mas logo após a gravação de um disco existe um período mais desértico, de relaxamento. Às vezes as canções demoram para reaparecer. É um momento importante. É aquela “pausa de mil compassos/ para ver as meninas/ e nada mais nos braços” que canta o Paulinho da Viola.

3. O PODER CRIATIVO
Não sabemos o que podemos alterar na ordem universal. Certamente há quem seja “afetado” pela nossa música de algum modo…  Mas no corpo a corpo, no que é pessoal e intransferível, podemos dizer que cada um da banda se transforma fazendo música. Depois de lançarmos Bárbaro experimentamos um tanto de coisas. Agora o resultado disso está prestes a ficar pronto. Em uma das faixas do disco, até chegar no mar, a gente canta: “pra você que transforma heavy em leve/ cansaço em canção/ pra você que transforma em mim/ o que virá em verão/ eu canto…”. A música não seria isso? Uma transformação incessante? Nesse disco afirmamos que sim.

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