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Três Palitos | Trupe Chá de Boldo

Que bom ver você por aqui. : ) Bom porque hoje é tarde de estreia de um novo projeto do Palitos de Fósforo, o Três Palitos.

A proposta é mostrar como pessoas das mais diversas áreas lidam com seus processos criativos e ouvir alguns causos inspiradores ao pé do fogo. Basicamente, fiz 3 perguntas relacionadas à criação e fui atrás do que cada um tem a dizer. As perguntas são basicamente: 1 – comente sobre o processo criativo de algum trabalho seu 2- você já teve algum bloqueio criativo? 3- o que você pretende mudar ou ressaltar com suas criações?

Tá a fim de participar? Manda um e-mail pra mim!

E a estreia desse projeto não poderia ser melhor: convidei o pessoal da Trupe Chá de Boldo, uma banda surgiu pra mim como um antídoto às bandinhas disfarçadas de inteligentes que ficam chorando pelos cantos reclamando da vida – e por isso marcou bastante esse ano que se vai para mim. Conheça a Trupe e confira as respostas deles!

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A Trupe Chá de Boldo nasceu no início de 2005. Em pouco tempo, sua formação inicial de apenas 3 pessoas multiplicou-se, até chegar a sua formação atual e fazer jus ao nome, com seus 13 integrantes.

Em julho de 2007, a Trupe gravou seu disco demo. Após o lançamento no Teatro Uranus recebeu o convite para se apresentar no Studio Sp, ainda localizado na Vila Madalena. E foi lá, depois no baixo Augusta, Teatro Oficina, Sesc Pompeia e nos pré-carnavais armados em parceria com a banda Cérebro Eletrônico e a cantora Tulipa Ruiz que a Trupe Chá de Boldo – afetada pela urbanidade poética de São Paulo e pela convivência com diversos artistas da cena musical paulistana – iniciou o “Bárbaro”, seu primeiro álbum.

O disco, que contou com a produção musical de Alfredo Bello, foi gravado entre agosto e outubro de 2009 e  lançado em maio de 2010. Desta viagem participaram ainda, entre outros tantos, Simone Sou, Gabriel Levy, Tatá Aeroplano, Gero Camilo e Leo Cavalcanti. Desde então a Trupe leva sua música para diversos palcos do Estado de São Paulo. Neste exato momento, a Trupe encontra-se em estúdio gravando seu próximo álbum! Aguarde 2012 para o lançamento deste novo disco que tem a produção musical assinada por Gustavo Ruiz Chagas e participações especiais de André Abujamra, Lu Horta, Marcelo Preto, Alzira Espíndola, Peri Pane, Tatá Aeroplano e Márcia Castro.

1. A INSPIRAÇÃO
O bom da inspiração é quando ela pira mesmo. Algumas canções da banda foram animadas por histórias loucas. “À lina”, por exemplo, nasceu às vésperas da Trupe realizar um show no Teatro Oficina. Como estávamos muito concentrados nessa história toda acabamos pesquisando um pouco da história da Lina Bo Bardi, da relação dela com o Oficina. Lemos uma frase em que ela diz que um arquiteto não atravessa, mas sim quebra as paredes. A partir daí começamos a pensar em como a cidade poderia ser diferente se os espaços fossem mais abertos. Por isso os versos “pra que entrem todos os insetos/ para aqui dentro desembolorar/ para ver melhor a rua/ para a lua poder entrar/ para quem curte o sol/ para quem quer se soltar/ para que as plantas todas/ aos poucos possam se aproximar/ eu quero quebrar as paredes/”. No próximo disco da Trupe, gravado em outubro e em processo de mixagem e masterização, algumas canções irromperam de situações vividas. “Verão” aconteceu depois que alguns integrantes da banda passaram a morar juntos. A escolha em viver juntos e não cada um sozinho, com a mulher, a namorada, enfim, é explicitada pela letra. “…meu bem/ melhor no porto que a porta/ melhor na chuva que com chave/ melhor no sol do que na sala/ melhor na estrada do que no estrado”. A vida inspira!

2. O BLOQUEIO
A gente não passou ainda por um bloqueio criativo. Mas logo após a gravação de um disco existe um período mais desértico, de relaxamento. Às vezes as canções demoram para reaparecer. É um momento importante. É aquela “pausa de mil compassos/ para ver as meninas/ e nada mais nos braços” que canta o Paulinho da Viola.

3. O PODER CRIATIVO
Não sabemos o que podemos alterar na ordem universal. Certamente há quem seja “afetado” pela nossa música de algum modo…  Mas no corpo a corpo, no que é pessoal e intransferível, podemos dizer que cada um da banda se transforma fazendo música. Depois de lançarmos Bárbaro experimentamos um tanto de coisas. Agora o resultado disso está prestes a ficar pronto. Em uma das faixas do disco, até chegar no mar, a gente canta: “pra você que transforma heavy em leve/ cansaço em canção/ pra você que transforma em mim/ o que virá em verão/ eu canto…”. A música não seria isso? Uma transformação incessante? Nesse disco afirmamos que sim.

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