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viratempo: modo de fazer

pois é, e depois de reclamar tanto do tempo, reclamei meu tempo a mim mesma. não que eu tenha reparado – a gente mesmo não repara nas nossas coisas – mas ando ouvindo algumas coisas que me deixam feliz. as coisas são perguntas: “como você tem tempo de fazer tudo isso?”, “seu dia tem quantas horas?” e por aí vai.

essas perguntas são culpa dos meus 4 blogs, tumblrs, twitter, 3 livros sendo escritos e projetos extras (lojinha, cursos, hospital, igreja, freelas, casa, cozinha, academia, música), trabalho e umas horinhas extras de vida social mais ou menos dia sim, dia não.

então, respondo aqui:

pra mim, estou como sempre estive: um pouco desesperada e muito incomodada por não ter tempo de fazer tudo o que quero. ou seja, é tudo culpa daquela sensacional ilusão de óptica de quem está vendo de fora.

mas se consigo fazer tudo sem ter um viratempo, não é por milagre. meu dia tem 24 horas, sim. e ainda tento dormir 8 horas por dia, pelamadrugada! o segredo é o seguinte, acho que descobri:

1. é muito importante ter uma certa rotina. e você tem que ser obcecado por ela. tem que criar um horário pra escrever, acordar na hora certa e até ter umas regras próprias pra sair (eu me obrigo a não sair alguns dias, e em outros dias me obrigo a sair, pra não endoidar!).

2. eu vejo muito pouca tv e já se foi o tempo em que perdia muito tempo navegando na internet em casa. msn, então, é quase telegrama.

3. mas a maior dica mesmo é essa: ir com calma. muito chorei nos meus diários antigos por passar dias, meses até, sem escrever uma página dos meus livros. não é que agora algum milagre aconteceu e escrevo 30 páginas num dia. não. escrevo às vezes um parágrafo, coisa mínima. mas sigo, um pouquinho por dia. sem pressa, mas sem preguiça. e sigo essa máxima: se eu não conseguir terminar projeto algum até morrer, não vou ficar sabendo.

Não tá funcionando, mas tá funcionando.

tempo passa e voa

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No esquema

roteiro

Encontrei esse esquema no blog da minha ídala Keri Smith. Taí. É isso mesmo. A diferença é que não tiquei nem o primeiro, nem o segundo.

Tá bom, são algumas diferenças:

Passo 1. Escrever livros.

Passo 2. Ficar famosa mundialmente.

Passo 3. Mudar pessoas. (o que não deixa de ser o passo 5 dela)

Passo 4. Ganhar dinheiro só por ser Francine Guilen (viver de palestras sobre a minha vida).

Imagine que tracei isso numa lousa, bem no esquema daqueles filmes de criança. Tipo Os Batutinhas, mesmo.

Enfim, besteira. Quero o passo 1 que já está ótimo. O 3 todo mundo consegue sem precisar escrever livro nenhum.

Quero uma biblioteca e um piano.

PS: Estou lendo Extremamente Alto e Incrivelmente Perto, do Jonathan Safran Foer. O jeito que ele escreve é muito, muito gostoso. Recomendo.

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tô salva

Trabalhar sempre vai desmotivar. Tem dias em que você quer escrever seu livro, não um e-mail marketing sobre o Viagra.

Isso pode não ter cura, mas tem paliativo: é fazer uns projetos bacanas no trabalho.  A Salve está com uns jobs bem divertidos de fazer e de ver. O site foi atualizado ontem, se quiser ver entraí na seção Trabalhos.

É um post meio jabá meio desabafo positivo, pra dizer que às vezes me sinto na Ludovica, a agência do segundo ano de faculdade (há 3 anos…) em que a gente achava que era fácil transformar até projeto ruim de produto ruim em coisa bacana e útil pra galera.

Ê!

croquete de mandioca com jabá

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Ser infeliz não paga a conta

Pois eu não nego que esse blog é de autoajuda. Tá ali, ó, lá em cimão. De autoajuda pra quem quer escrever e criar e tá meio perdido no caminho que leva até o interruptor que acende a lampadinha.

Vai daí que a Nathália me passou essa lista completamente de autoajuda, que, como sou muito bonitinha e brasileira, eu reproduzo em português pra vocês, e vale muito pra quem trabalha com ideias:

50 Maneiras de se tornar infeliz

  1. Se compare com os outros frequentemente.
  2. Se diminua.
  3. Não acredite nos seus sonhos. Acredite que sonhos só acontecem enquanto você está dormindo.
  4. Diga sim para tudo e todos.
  5. Trabalhe em um emprego que você odeia.
  6. Reclame de tudo.
  7. Reclame de tudo para os seus amigos.
  8. Desconfie de tudo.
  9. Enumere seus problemas.
  10. Acumule pensamentos negativos.
  11. Tente agradar todo mundo e deixe todos pisarem em você.
  12. Viva pensando no passado.
  13. Viva pensando no futuro.
  14. Foque no que ainda falta pra você.
  15. Foque no que você não quer.
  16. Necessite que outras pessoas vivam aprovando você.
  17. Pense em tudo que provavelmente pode dar errado na sua vida.
  18. Fique com ciúmes facilmente.
  19. Tenha inveja dos outros e nunca seja grato ao que você já tem.
  20. Imite outras pessoas pela sua falta de autoconfiança.
  21. Mantenha sua autoestima baixa e com isso faça com que gostem menos de você.
  22. Pense que o mundo gira em torno de você.
  23. Julgue os outros.
  24. Absorva todas as notícias ruins do jornal diariamente.
  25. Coma junk food.
  26. Transforme academia no seu pior pesadelo.
  27. Acredite que as coisas só podem ser da sua maneira.
  28. Não aceite a opinião dos outros.
  29. Durma pouco.
  30. Não tenha objetivos.
  31. Preocupe-se constantemente que o céu vai cair na sua cabeça.
  32. Faça muitos planos e nunca aja.
  33. Não planeje.
  34. Ache que todo mundo ao seu redor é babaca.
  35. Ache que viver não tem sentido algum.
  36. Seja o “Homem Se”. Se meu pai fosse o presidente, então eu serei bem sucedido. Se eu ___ então eu vou ____. (preencha as lacunas)
  37. Loteria é o único caminho para o sucesso.
  38. Tente controlar tudo o que você não pode controlar.
  39. Espere que as pessoas gostem de você.
  40. Espere que as pessoas sejam gratas a você.
  41. Nunca esqueça das críticas.
  42. Odeie as pessoas à sua volta que são bem sucedidas.
  43. Evite responsabilidades.
  44. Receba e nunca dê em troca.
  45. Faça as coisas que são fáceis.
  46. Trabalhe demais.
  47. Nunca perdoe.
  48. Nunca dê o seu melhor nas coisas que você faz.
  49. Seja perfeccionista.
  50. Escolha ser infeliz.

Vincent.

Então, ói só: posso ser muito ruim e chata, sim, mas num dia normal tento ser simpática com as pessoas. Coisas simples tipo dar bom dia, sorrir, puxar assunto. E, ei! Se fazer isso não te agradar por ser muito subjetivo e sem retorno garantido na pósvida, eu garanto que traz alguns retornos beeeeeeeeem objetivos. Senão vejamos:

Tem um restaurante em que vou, por exemplo. em que vivo ganhando salada e sobremesa de graça. Vai ver é porque converso com os garçons (porque acho o chef um gato).

Dia desses peguei um táxi e virei tão melhor amiga do taxista, que ele fez questão de andar mais uns quarteirões de graça só porque ia praquele lado mesmo.

Troquei sorriso por dinheiro e juro que foi sem querer.

Com isso, cheguei à conclusão de que um dia eu ainda serei o Don Corleone. HURRA.

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Puxa, e eu nem contei!

Li o livro The Writer’s Block (ainda vou falar dele aqui), e foi ótimo.

Ótimo porque além de dar várias dicas para escritores incompetentes como eu (era até pouco tempo), ele me abriu os olhos para o seguinte: em todas as páginas do livro, está implícito que pra você ser um escritor, tem que escrever todos os dias, como uma rotina.

Ou seja, dentre as 786 dicas do livro, não existe a dica: Tente escrever todos os dias. Não. Pro autor, é óbvio que você escreve todos os dias, e se não escreve é porque teve um bloqueio. E precisa se livrar disso.

Deste livro em diante, estou indo dormir mais tarde, mas com a sensação de dever cumprido. Não fico mais 4 meses sem tocar no meu livro lamentando minha falta de tempocriatividadepaciênciaorganização.

Agora escrevo todo santo dia meia página do meu livro (ou melhor, dos 3 que estou escrevendo). Às vezes me irrita porque parece que estou escrevendo forçada e que a qualidade do texto cai um pouco, mas só a sensação dos livros estarem vivos e crescendo, e a sensação real de que eles vão ter um fim afinal, me deixam feliz.

É isso.

não há desculpas.

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proatividade não é importante só no currículo

Sabe trocar papel higiênico no banheiro?

Sabe colocar o açúcar no açucareiro?

Tô cansada (no outro sentido da palavra, não fisicamente cansada) de fazer isso por onde vou. São umas coisinhas tão mínimas, mas pouca gente faz. Sei lá se é problema de criação, se nunca morou sozinho ou se comeu muito Fandangos quando era criança e ficou acostumadinho. Não, as coisas não têm vida própria e não se criam sozinhas. Não custa fazer, você perde umas calorias e ainda melhora as coisas pra você mesmo.

E isso vale pra vida. Porque acredito que quem não levanta o dedo nem pra tirar a pasta de dente que caiu na pia não vai se preocupar com salvar, salvar o planeta, ou salvar-se se puder.

Depois que me formei, percebi que muita coisa do que a gente faz (ou não faz) nos trabalhos da faculdade, a gente leva pra vida. Sério, pode perceber. Tenta marcar uma balada com seu grupo de trabalho da faculdade. O proativo vai marcar, o esforçado vai se esforçar e o reclamão vai reclamar. Afinal, somos a mesma pessoa, produzindo um vídeo ou lavando o banheiro.

Isso é pensável. Não consigo entender falta de proatividade. Preguiça de viver? É tão gostoso ser atento, sair e fazer.

Vale pra vida.

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levanta e faz o café

É como um retwitt de post. A Cláu fez este post pra estudantes de Jornalismo. Eu digo que serve pra todo mundo, inclusive para publicitários recém-formados. Muito legal.

10 coisas que o estudante de jornalismo poderia fazer nas férias

Ó, eu nunca faço isso. Não faço porque esse blog não é dessas cousas, sabe? Jornalismo. Tsc. Jornalista, pra mim, tem que ser jornalista até nos ossos – e meus ossos não se sentem, assim, particularmente  jornalistas. Mas ao mesmo tempo tenho um grande querer bem, uma simpatia alimentada com muito custo deeesde 2006 por essa profissão ben(?)dita, e muitas coisas que aprendi nessa longa estrada (ahahah ahaha aha) vão servir pra minha vida, não importa o que eu faça dela.

Aí me vem um site e um blog querendo listar as 30 coisas que o estudante de jornalismo deve fazer nas férias. Ah, meu amor, não crie rugas nessa testa de 21 anos. Não vou dizer que a ideia por si só é um tanto… ilusória, já que  estagiário não costuma esbanjar dias de descanso, mas os conselhos não são exatamente o que a gente pode chamar de… sei lá, a última palavra em jornalismo desde Gay Talese.

Do que me adianta, meu santo bom Deus, ter um post retuitado 20 vezes? E o que seriam 100 fotos surpreendentes – closes do seu boxer babando em ângulos fenomenais podem tocar o terror e surpreender muita gente, por exemplo. Mas a melhor de todas, creio eu, é a dica 13: recorte e redimensione fotos em um Photoshop da vida. Recortem, crianças, recortem tudo! Isso vai ser bom pra sua carreira! Dá pra colocar no currículo!

Olha, eu não estou apontando dedos pra ninguém, nem mesmo acho que o post esteja mal-elaborado. Cada um segue as dicas que quer e algumas delas são bem legais: fazer um blog, por exemplo, é super saudável. Ter um RSS pra acompanhar sites bacanas também é super prático e é muito bom ter bastante contato com novas tecnologias, pois você vai precisar delas mesmo que faça parte da Resistência. Mas se eu tivesse que escolher um tópico que salva realmente essa lista, seria o último (abre aspas):

Lembre o motivo de por que você quer ser um jornalista.

Afinal, por que cazzo você está às 3h da manhã, na frente de um computador, lutando contra a gravidade cada vez mais evidente em suas pálpebras, pra editar um vídeo de cinco minutos? Por que, meu querido, você fica aí, escrevendo besteiras sobre o metrô nesse tal de Tuit, em vez de fazer algo que dê mais dinheiro e paz de espírito? Qual a razão de ligar freneticamente praquele especialista enjoado que claramente não quer te atender, ou para aquela perfilada difícil, mas que você faz questão de ouvir? Por quê? Por queeeeeê?

Não sei. Você é que sabe, ué. Cada um tem seus motivos. Mas todos eles podem ter um ponto, um minúsculo pontinho unificador e bastante esperto: a paixão. No fundo, no fundo, aquilo é o que você gosta – ou está mais perto disso do que qualquer outra coisa – de fazer. Gente, que loucura! Você… você gosta de editar vídeos até o fim da madrugada. Gosta de trabalhar durante o fim de semana e apurar por meses só pra ver o seu infográfico reluzente ganhando um Malofiej. Gosta de escrever uma reportagem linda, que passe pela edição quase inalterada, e gosta de revisar os textos que chegam na sua mesa, mesmo achando que isso não é jornalismo. Gosta de transcrever entrevistas.

Tá, tá, ok. Ninguém gosta de transcrever entrevistas. Mas é importante fazê-lo e você sabe disso porque, afinal, há um objetivo maior. Tem que ter, mesmo que não faça sentido pra mais ninguém. Afinal, você não escolheu jornalismo à toa, apontando o primeiro curso que apareceu no Guia do Estudante (se você fez isso, me desculpe, talvez essa parte do texto não faça muito sentido, ok). Não vamos falar em vocação e outros bichos; talvez você tenha aprendido a gostar de jornalistar, simplesmente. Isso é bom.

Daí que depois de toda essa corredeira de palavras, tomei a liberdade de desenvolver uma lista própria de 10 coisas que o estudante de jornalismo poderia, entre um frila e outro, fazer nas férias. Bastante utópica, talvez ingênua (como este post, devo dizer), mas a intensidade de cada dica fica por conta de vocês – e de mim também, é claro: preciso começar a seguir meus próprios conselhos. Espia:

1. Antes de retuitar aquele link fenomenal, clique nele e leia a página do começo ao fim. É bom demais ser o primeiro a dar a informação, mas podemos estar mandando bobagem adiante. Quando alguém percebe um absurdo, você se defende: “mas eu não li direito”… né verdade? Não é muito legal.

2. Tire fotos daquilo que te surpreende e mostre para seus amigos. Conte de onde veio a ideia, quem eram as pessoas na fotografia, o que faziam. Se quiser editar, edite, oras. É mais divertido e menos confuso do que parece e pode dar um toque lindo no seu trabalho. Dê uma olhada em tutoriais, se for o caso.

3. Olhe para as pessoas. Linhas de expressão, marcas de nascença, tudo conta uma história. Tente sacar os mini-contos que cada um carrega, ou apenas imagine. Lembra do Sherlock Holmes? O segredo daquela genialidade absurda estava nos detalhes deixados em cada cena do crime, em cada suspeito. Você não precisa ser Sherlock para deduzir certas coisas. Deduza! E, se possível, confirme, mesmo que só pela diversão. Faz um bem danado. E ah, claro, você nem precisaria dessa informação, mas deduzir não é preconceitar.

4. Inspire-se profundamente. Gosta de Machado? Leia Machado e o que mais vier junto. Adora uma banda em particular? Escute grupos que se inspiram nela. Clique em blogs legais, visite museus, brinque, vá ao teatro ou ao cinema, ou alugue aquele filme velho, velho, que só você tem paciência pra assistir pela décima oitava vez. Deixe-se ficar enlevado – tudo o que você escrever e produzir depois disso vai sair bem melhor.

5. Referências, referências! Jornalistas adoooram uma referência, uma anotação pitoresca e, ah, como esquecer dela, uma boa metáfora. Gaste um tantinho de cérebro pensando em coisas que poderiam estar ligadas, espelhos, citações. Pode ser só pela diversão, também, mas dá pra fazer durante o trajeto do metrô e não custa nada.

6. Duas palavras: jornalismo literário. Se a sua vida não faz mais sentido, se você tem vontade de queimar releases em uma grande fogueira e empurrar seu chefe bem para o meio dela,  se você xinga aquela assessora estúpida por não passar o ramal certo da sua fonte… respire fundo, sente-se e vá ler um perfil, uma reportagem bem elaborada, um livro da Eliane Brum. Esqueça por um minuto as tragédias na Bolsa de Valores ou o número de acidentes na Fernão Dias e tenha acesso a bom jornalismo. Claro que dá pra encontrar esperanças nas hard news, mas a notícia bem bem-acabada, com menos corre-aqui-pega-ali, bom, esse tipo de jornalismo dá o maior gosto. É  o jornalismo que cria imagens na sua cabeça.

7. Banque o editor carrasco consigo mesmo. Escreveu um texto? Seja chato: confira vírgulas, frases, palavras, tudo, tudo mesmo. Só por diversão, apague frases e pense em um outro jeito de construí-las. Os créditos estão lá? Pois trate de colocar os créditos. (Aliás, a ideia desse post veio daFabz, lá do meu trabalho. Valeu, Fabz!) Ai, parece bobo, né? Então aguenta quando seu professor/chefe voltar à rotina particularmente chateado com o fim das férias.

8. Respire outros ares. A vida não é jornalismo. A vida não é jornalismo. A vida não é jornalismo, mas jornalismo tem muito a ver com viver. Pegou? Agora vá gravar um vídeo que vai ser o novo hit no Youtube ou lavar seu cachorro.

9. Clássica e clichê: relembre o porquê de estar na profissão. Começamos assim o post e é mais ou menos assim que ele termina. Seus princípios podem ter mudado e seu foco também – aliás, a graça é essa. Se você acha que não tá ornando, que jornalismo não tem mesmo nada a ver com você, muda de rumo, oras. Já tem muito jornalista entediado nesse mundo, que não muda de ares por medo, mas também não quer ficar. Que que acontece? Na maioria dos casos, um jornalismo ruim, chato de ler, sem graça, sem gosto, meh. Em outros, raros, o trabalho é bom, mas o profissional é infeliz. E aí?

10. Cansou? Ui, esse post foi longo, né. Mas a minha última dica nessa lista absolutamente pretensiosa é também gabaritada: saiu da boca, mais ou menos nesse formato, do Marcelo Duarte, o autor do Guia dos Curiosos, que eu tive a sortezinha de entrevistar pro meu TCC. Quote: “seja curioso. Jornalista tem que ser curioso”. Mais do que prestar atenção e fazer perguntas, você deve realmente querer saber a resposta pra elas – e não se conformar com apenas uma versão. Arranje um jeito, uma motivação aí dentro de você pra fazer do seu trabalho a profissão “mais honesta do mundo”, segundo Gay Talese.

Jornalismo pode ser gostosão de fazer ou pode ser um saco. Pode ser apenas uma parte da sua vida ou uma vida toda. Pode ser bonito e emocionante ou feio e embrulho de peixe na manhã seguinte. Pode ser feito com Sazon ou nas coxas. You decide.

Sei lá. Sou só uma estudante de jornalismo e ainda vou ter muito sapo pra engolir pela frente. Um dia vou ver esse post e achar uma bobagem completa, que a vida real não é assim, que deadlines estão aí e vão acabar me causando uma síncope e me hospitalizar por semanas e… bom, e tudo mais. Mas uma coisa, pra mim (o blog é meu, né), é certa: fazer o que gosta – mesmo o que não gosta dentro daquilo que gosta – e sentir que dá certo e dá jogo… putz, isso é fenomenal, acho que é o que eu quero pra minha vida. Sei lá o que você, leitor desavisado, que esbarrou nesse blog por acaso, coitado, quer pra sua. Mas espero que te faça bem. :)

E é isso. Próximo tópico?”

Cláudia Fusco

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