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Brilho Eterno de uma Mente Negligente

Tem uma coisa muito doida acontecendo e não sei se devo investigar a sério com minha psicóloga. Já é a terceira vez que mudo a senha desse blog porque meu cérebro APAGA completamente ela da minha memória.

De verdade que acho que é uma espécie de autoflagelo subconsciente por eu não postar aqui com tanta frequência quanto eu queria.

Da última vez, o branco virou quase um A Origem das senhas. Tinha esquecido a senha do blog, tinha esquecido a senha do e-mail do Yahoo! onde esse blog estava cadastrado, não lembrava a senha do BOL onde o e-mail do Yahoo! estava cadastrado, e antes que eu tivesse que receber minha senha por correio (meu e-mail pré-bol era A Tribuna, e a senha devia ser algo como “Nick Carter lindo” – eu não ia lembrar), consegui solucionar o funil e resgatar o controle dos meus palitos.

Passei medo. Medo tipo

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contando até 1 milhão

Aí me bateu uma inspiração daquelas. Daquelas que vêm de dentro, fazendo doer o estômago. já teve? E vim o caminho todo pensando num post incrível. Serião, ia ser um texto daqueles de abalar as bases da sociedade. Ele ia abrir a cabeça de muita gente e de quebra ia me deixar aliviadíssima. As analogias eram muito boas (e engraçadas!). Ele fazia todo o sentido.

Pra mim.

Conforme fui continuando o caminho, percebi que estava precisando fazer muitos ajustes mentais no texto pra ele não chatear um, irritar outro, confundir uns 50. Parei tudo. Deixei anotadas as analogias e 3 ideias centrais, mas não ouso mexer nele enquanto ele for um grito.

Não, não. Quero fazer pensar, não machucar. Escrever de estômago dolorido não é saudável. Prefiro ideias bem digeridas. Elas podem não vir cheias da paixão do impulso. Mas vêm muito mais espontâneas, leves. Um sussurro. E não vão deixar de levar a mensagem que eu quero.

Acho que é por isso que tirinhas são uma de minhas formas favoritas de protesto. Da raiva inicial até o trabalho final, existe um processo muito mais sábio, da elaboração da história, do desenho, da coloração. E a gente só clica no Publicar depois de contar até 1 milhão. : )

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cantare, ô ô

Estava lá fazendo meu xixizinho e ouvi um cara cantando Roberto no último volume no escritório ao lado. Era o pedreiro, cantando enquanto trabalhava.

Bem que se podia arranjar um emprego em que você possa cantar a plenos pulmões enquanto trabalha.

(digo, eu até posso, mas as pessoas da minha bancada ficariam incomodadas/constrangidas)

enquanto isso, canto como doida quando faxino minha casa.

Ah, pobres vizinhos.

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willifill

se alguém quiser visualizar um pouquinho como as imagens do meu livro são na minha cabeça, vale ver as obras do Tide Hellmeister.

Essa aqui é uma preciosidade que fica aqui na agência trazida pelo André, filho do Tide : )

 

 

 

 

 

 

 

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Fomos criados pra criar

Não fomos criados pra passar um domingo à noite assistindo a Fantástico. Não fomos criados pra ligar pro disk qualquer coisa e ficar esperando deitados ela chegar. Não fomos criados pra dar scroll eterno em redes sociais que nos dizem  muito sobre nada. Não fomos criados pra passar 20 minutos no ponto de ônibus se podemos chegar a pé em 10. Não fomos criados pra dar play e ficarmos muito contentes com aquela música genial feita por outra pessoa. Não fomos criados pra entupir a cabeça de ideias alheias e devolvê-las por aí sem filtro porque o filtro quebrou. Não fomos criados pra viver uma vida em que não acreditamos porque “só existe essa opção”. Não fomos criados pra reclamar confortavelmente da falta de opções.

Não. Quando fomos criados o plano era outro. Tudo o que fica parado começa a morrer.  Vida emperrada é um negócio sério.

Isso é um pouquinho assim bem pouquinho do que eu penso. Se ajudar, ajudou. : )

 

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hoje é dia do escritor

O que me faz pensar. Quando vou parar de me apresentar como Francine publicitária e me apresentar como Francine escritora?

Uma questão de mudança de substantivos (ou de adjetivos, se eu for boa ou ruim o suficiente)? Uma questão de mudança (ou melhoria) de espírito?*

Vamos comemorar a data escrevendo nossos livros?

(ou tem coisa melhor pra fazer?)

 

*

 

 

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ilusões reencontradas

Estou lendo meu primeiro Balzac, o enorme Ilusões Perdidas, livro esse que, como quase todo livro que pego pra ler, nem sabia do que se tratava. Eis que ele tem falado comigo, por uma série de razões, sendo algumas delas razões criativas. Daquele jeito bem over francês do século 19 (gosto), ele conta a história de um poeta de província que vai pra Paris e se perde.

Tem um trecho muito legal, falado por um gênio do bem no livro, que quero dividir:

“-…o gênio é a paciência. A paciência é, com efeito, o que no homem mais se assemelha ao processo que a natureza emprega em suas criações. O que é a Arte, senhor, senão a natureza concentrada?

-Não se pode ser um grande homem gratuitamente. O gênio orvalha suas obras com lágrimas. O talento é uma entidade moral que tem, como todos os seres, uma infância sujeita a várias doenças. A sociedade repele os talentos incompletos como a natureza elimina as criaturas fracas ou mal conformadas. Quem se quer elevar acima dos homens deve preparar-se para a luta, não recuar, diante de dificuldade alguma. Um grande escritor é um mártir que não morrerá. Eis tudo. O senhor tem na fronte o selo do gênio: se não tem dele a vontade no coração, se dele não possui a paciência angélica, se a qualquer distância da meta em que o ponham os caprichos do destino não souber retomar o caminho do seu infinito, como as tartarugas que, seja qual for o lugar em que estiverem, tomam sempre o rumo do seu amado Oceano, então renuncie hoje mesmo.”

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de onde vem uma, vem mais?

E aí? Você se garante?

Não sei se é um desapego zenbudista com ideias, autoconfiança criativa ou burrice mesmo, mas a verdade é que sou assim e nunca me dei realmente mal com isso: não tenho medo de piratas. Em tempos de creative commons, de direitos autorais tão em escalas de cinza, de download de músicas e de CTRL C CTRL V logo ali no cantinho do teclado, é até ingenuidade acreditar que uma ideia sua é sua e você sozinho vai ganhar muitos dinheiros com ela.

Pode reclamar à vontade, mas você sabe que não é mais assim. Viva com isso. Aprenda a criar jeitos pra divulgar suas criações. Deixe sua ideia aberta pros outros. O mundo precisa delas mais do que nunca. E não é só quem pode pagar que tem o direito de alcançá-las.

Se você for bom, seu nome vai acompanhar suas ideias naturalmente. E o dinheiro vem daí: não necessariamente na forma de royalties, mas em ofertas de emprego, palestras, contatos, abraços. Se você for ótimo, quem sabe tenha até a sorte de ver trabalhos ruins dos outros circularem pela internet com o seu nome (como aquela última corrente escrita pelo Shakespeare que recebi por e-mail dia desses…).

Quer um exemplo de gente que cuida das ideias sem cobrar e sem se cobrar? Acessa o Steal Our Ideas e toma vergonha nessa cara criativa. : )

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o oráculo

Sabe quando bate aquela dúvida sobre o processo criativo? Pergunte a quem entende. Os ilustradores Ben Barry e Frank Chimero fizeram o Questionable Characters, um site onde eles respondem questionamentos diversos, à sua maneira. Vale acompanhar!

 

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