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sem ciúmes, galera.

Rebeca, senta aqui. Willifill, pare de puxar as tranças dela. Pargarávio, não bata na sua irmãzinha supimpa. E você, quer parar de mexer com seu irmão mais novo? Palitos de fósforo são perigosos! Vocês todos, querem se comportar???

Se minhas invencionices assumissem formas de carne e osso, estariam assim mesmo. Vejo todas numa daquelas festas infantis cheias de coxinhas frias, tomando Coca sem gás e puxando o cabelo uma da outra, tentando aparecer, querendo ganhar mais mesada que o outro, querendo ganhar mais presentes.

Gente, eu quero que todo mundo ganhe mesada um dia, quero mesmo. Mas por enquanto só a Supimpa faz isso. E tem uns filhos que exigem mais atenção que outros. Não vou me perdoar se algum deles virar um viciado, ou fugir de casa pra nunca mais voltar. Tento ir levando. Desculpa, gente, vou dando comida pra vocês crescerem, mas aos poucos. Alguns me exigem tanto tempo que eu acabo pirando, e só posso mimar nas férias. Outros choram querendo ser atendidos a todo segundo.

Eu tento, juro que tento. Só quero que parem de disputar aí dentro.

Alguém quer mais groselha?

Existe uma pequena e leve chance de eu sofrer de esquizofrenia, esse post me diz alguma coisa.

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sabe quando você tem uma lista enorme de idéias (em papel, assim, de verdade), só que não consegue passá-las pro papel?

sei que é uma questão de sentar diante do computador só pra escrever e sem me distrair com outra coisa, mas às vezes ter DDA não ajuda, e até um fio intrigante vagando na janela lá na frente é mais interessante que escrever.

enquanto isso a listinha vai crescendo.

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o Harry Potter é um chato.

olha, eu nem queria dizer isso, parece até dor de cotovelo, só porque a J.K. Rowling está multibilionária e eu não. Mas lendo esse sétimo livro, agora, do alto e rasante dos meus 20 anos, reparei que a dona Joanne é uma picareta que sabe desenvolver tramas muito bem, mas que escreve mal.

direi isso em mais detalhes quando concluir esse último livro da sortuda inglesa, provavelmente no meu Pargarávio, mas por ora vamos filosofar sobre como, afinal, é difícil escrever bem, mas é ainda mais difícil criar um personagem carismático e identificável.

pois vamos ao título desse post, o Harry Potter é um chato. Com o desenrolar da trama, eu pego cada vez mais antipatia por ele. Afinal, apesar de ser famosíssimo e o protagonista de uma série divertida (da qual sou fã desde, sei lá, uns 13 anos), ele como personagem é insosso e chato pra caramba. Eu reparei que a personalidade dele é nula. Enquanto a Hermione é a menina inteligente e o Rony é o bruto com coração, o Harry Potter foi inteiramente baseado na importância histórica dele no Mundo Bruxo e nos episódios trágicos de sua vida e sua personalidade mesmo foi esquecida. Ponto, acabou.

a única coisa que sei dizer a respeito é que ele é uma menininha de 12 anos irritadinha. As falas dele não têm vida, não expressam qualquer outra coisa. E isso é esquisitíssimo, já que são 7 livros e todos narrados a partir da visão dele. Era pra conhecermos o moço e vivermos sofregamente tudo com ele, mas o máximo que passamos junto com o garoto é sentirmos dores cada vez mais intensas nas cicatrizes e nas entranhas. E, pior, apesar de toda confusão mental até compreensível, seus momentos de raiva são tão constantes e repetitivos que parece que a intenção é justamente que antipatizemos com o chato da cicatriz.

eu sinto esse problema muito forte na hora de escrever: desenvolver personagens é sinônimo de pânico constante. Fora a Rebeca, de quem eu já falei, que é uma versão já pronta de mim, quando preciso criar personalidades críveis pra novos personagens tenho vontade de largar tudo e sair correndo.

e nem é só isso: dá pra fazer aquelas fichas mágicas que os especialistas indicam, com traços, gostos e preferências dos personagens de seu livro, isso facilita sim… mas experimente transmiti-las para os seus diálogos sem parecer forçação de barra. É trabalho de doido.

depois de muitas tentativas frustradas e personagens-Harry Potter cujas falas não tinham personalidade alguma, podendo sair deles ou de coadjuvantes quaisquer, me decidi por um novo método: baseio meus filhotes em pessoas que conheço, ou tipos de pessoas que conheço, e, no caso de protagonistas, com quem eu tenha características em comum.

ainda assim, é estranho, meu protagonista ainda está falando umas coisas aparentemente tão sem rosto que já estou ficando preocupada.

se ele sentir a cabeça latejar, aí aviso, porque vai ser caso de polícia.

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em busca do disquete perdido.

Então disquetes ainda eram meio difundidos, estávamos em 2005. Primeiro ano da faculdade, sem casa fixa, portanto sem gravador de CDs, e com muitos trabalhos pra fazer.

E naqueles tempos sem pen-drive, não sei qual das vozes na minha cabeça me aconselhou a que eu sempre andasse por aí, não com bloquinhos, mas com um disquete com o livro inteiro dentro da mochila.

Encantada pela modernidade da coisa, fiz isso. Não sei, não pergunte porquê eu simplesmente não o armazenei em um dos meus e-mails, porque muitas coisas na vida não podem ser explicadas.

A menina aqui simplesmente andava por aí com um disquete que continha alguns anos de trabalho, e um selo laranja escrito o nome do livro e a data de início.

O resto da história você deve ter sacado. Nada que Murphy não faça sem a ajuda de uma urgência, acompanhada de um esquecimento.

Já que computadores de laboratórios da faculdade ainda não contam com um alarme “EI, VOCÊ ESTÁ ESQUECENDO SEU CD, SUA LHAMA!”, sempre há o bom e velho “achados e perdidos” no canto, cheio de trabalhos perdidos para todo o sempre. Até hoje eu ainda passo lá, só pra aliviar minha consciência.

A verdade é que nunca mais o encontrei. Coloquei até anúncio no mural da faculdade, mas nada.

Fico pensando em quem foi que o encontrou. Se chegou a ler, se chegou a entender a importância daquilo. E podia dizer pelo menos se gostou, o maldito. Me encaminhar uma resenha anônima, qualquer coisa que fosse.

Sei que hoje, em algum lugar do Paquistão ou Coréia Comunista, as 15 primeiras páginas de uma versão antiga do meu livro devem constar no topo dos mais vendidos…

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pensando demais.

das 8h às 11h pensando em idéias pra peças criativas de um trabalho relativamente chato da faculdade. das 13h às 20h pensando em idéias no estágio. das 21h às (Deus sabe quando) pensando no trabalho da faculdade novamente.

fora as outras necessidades criativas constantes que ficam circulando nesse meio tempo. [por exemplo, esse post].

My brain hurts. Nem tem mais água no poço. Socorro! Precisarei alimentar minhas crianças com isso algum dia.

 

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portfolio ou portifólio

Se é inglês é portfolio, deve ser assim mesmo. O portifólio é aportuguesado, então façamos como quisermos.

Ninguém sabe como é, na realidade. E pra mim a confusão está em todos os níveis do benquisto portafólios: vejo muita gente se preocupando com regras e como montar um portifólio. É esquisito. As pessoas atrasam a procura por empregos porque “o portifólio não está pronto”, porque “falta isso ou aquilo no meu portifólio”. Não sou nada entendida nesses assuntos, mas acho estranho tanta obsessão.

Eu nunca parei pra montar um portifólio, fui fazendo coisas por livre e espontânea vontade e quando reparei, tinha coisas pra apresentar ao mundo.

[nada essencialmente publicitário, é verdade, e aí talvez resida o problema pra alguém que faz Publicidade.]

Eu não sou focada em nada, portanto coloco no meu currículo todas as coisas online que tenho, desde esse blog até vídeos e minha lojinha. E não cheguei a passar por maus bocados por causa disso.

Estaria eu super adiantada ou super por fora? Se algum dia eu sair em busca de algo em Redação ou Cinema estou muito enrolada? Ou o futuro reside aqui? Quem viver verá.

Peço vossas opiniões.

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