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minha musa inspiradora é uma mulher da vida parte 2.

ao pensar em escrever uma história, uma que tenha personagens, uma que tenha seres viventes, a não ser que você seja o despontuado José Saramago, vai ter que dar um nome pros seus nenéns.

Sim, seus nenéns, porque seus personagens são seus filhos. Ou netos, já que se as criações são seus filhotes, os personagens nelas contidos são os filhos dos seus filhos. Enfim.

Quando comecei a escrever meu livro, fiz um brainstorm entre eu e eu mesma e decidimos os nomes dos protagonistas. Sem explicação lógica, querendo nomes sonoros e diferentes, escolhi Sandro e Manfredo.

Até aí quem imaginará o inusitado, ora, ninguém. Manfredo é um nome esquisitíssimo e já foi descotado faz tempo (parece Manfred Mann e ninguém vai querer lembrar da trilha do Meu Primeiro Amor lendo meu livro).

O inusitado da coisa tá aqui: em um cantinho da página dos rascunhos iniciais anotei que os apelidos dos personagens seriam, respectivamente, Sam e Fredo.

[pausa dramática]

você me vaia, atira tomates em mim, me chama de chata, boba e feia, mas só depois de saber que eu não tinha lido O Senhor dos Anéis e muito menos visto os filmes, que sequer tinham sido lançados na época. Não fazia idéia do que eram hobbits e seus respectivos nomes nunca me tinham sido apresentados.

Pode imaginar o susto que levei ao perceber que Tolkien, há muitos anos atrás, teve a feliz idéia de nomear seus hobbits de Sam e Frodo?

Encarei como um sinal, ora sim senhores. Afinal, também se trata de uma trilogia de fantasia. Medo.

PS: agora o Sandro continua Sandro, apenas Sandro. E o Manfredo, esse virou Pedro.

Fredo… opa, Frodo e Sam.

Sam e Fredo. Digo, Frodo.

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minha musa inspiradora é uma mulher da vida.

às vezes você acha que uma idéia é genial até descobrir que muitas outras pessoas pensaram exatamente a mesma coisa sobre exatamente a mesma coisa.

por exemplo, esse tão recente e de conceito tão (até ontem) criativo, blog. Em menos de um mês de existência desses palitos já consegui encontrar dois irmãos semelhantes, luminosos, e não muito distantes de mim: o Serendipidade e o Estalo.

e hoje eu aprendi que: repertório e lapidação de idéias são  amigos, não comida.

Paciência. Continuo gostando dos meus palitos, mesmo que eles não sejam assim tão únicos no mundo dos fósforos.

…às vezes, no entanto, você é afrontado com casos muito piores, de pura, absurda e amedrontadora coincidência.

TO BE CONTINUED…

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antropologia funcional.

Percebi umas coisinhas dias desses.

Que a rotina, sim, trava fácil fácil a imaginação e sua prima, a inspiração.

Que sair da rotina pra fazer coisas inusitadas em lugares novos é bom, senhores.

Mas o que mais funciona pra mim, pelo menos, é andar nos lugares de sempre, só que com pessoas diferentes. Elas sempre surgem com questionamentos e pontos de vista diferentes sobre a mesma coisa.

E eles, ou as combinações dentre eles, ou a combinação deles com seus paradigmas, sempre acabam em conclusões engraçadas. Reparaí.

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tédio criativo.

Um amigo gênio meu certa vez me disse, parafraseando um dos criadores do South Park, que criar é a melhor alternativa pacífica pra seres problemáticos como nós. Afinal, tem dias que você chega no seu limite: ou pega uma arma e faz uma chacina, ou pega uma caneta e um papel e canaliza esse sentimento de outra maneira.

Rebecando é protesto. É meu jeito de não sair por aí atirando em tudo e todos. A Rebeca e seus quadrinhos saíram da minha cabeça de uma maneira muito, muito estranha. Foi fácil demais. A imagem dela tava pronta, e ela é tão autobiográfica que até dá medo. Parece que é coisa doida, parece que é coisa que baixa em mim, de repente as idéias vão fluindo e as tirinhas vão aparecendo. Não preciso pensar. Talvez, se pensasse, a qualidade das piadas fosse muito maior. Mas não funcionaria tão bem terapeuticamente falando.

Foi simples: em 2005 eu me via revoltada e inconformada com tanta coisa na faculdade que percebi que se eu transformasse tudo aquilo em posts, ia virar uma blogueira chata, eterna, cansativa e mal amada. Daí, depois de muitos Bill Wattersons e Fernandos Gonsales, achei que transformar revoltas em piadinhas de 3 quadrinhos é a melhor terapia já criada.

Daí, minhas meninas andaram paradas por quase 1 ano. Não que não tenham aparecido milhões de motivos, mas parece que eles resolveram ficar incubados.

Hoje, então, me meti em uma situação fantástica: 4 horas em um lugar estranho sem nada pra fazer, um momento de 4 horas que me fez sentir tão Rebeca, sem um livro pra ler, sem uma janela pra admirar a chuva.

Mas, na mesa defronte, sulfites e canetas.

E, na minha cabeça acima, inconformações várias.

Comecei a rabiscar. A Rebeca ressuscitou então. Mais idéias nasceram… e, melhor, vontade de desenhá-las! Ora viva!

bom, foi só pra registrar isso mesmo. É o processo de criação do Rebecando que me encanta, ele é fácil demais, só precisa de umas inconformidades, que é o que não falta.

Daí… está tudo devidamente listado no arquivo “textos digitados” que guardo na minha pasta Rebecando aqui no computador. O problema das tirinhas é que, depois do texto feito, é preciso de sentar pra desenhar, um scanner pra escanear, um Photoshop pra photoshopar, e por fim, a publicação no blog.

Quanto mais difícil o processo, mais fácil fica desanimar no meio do jogo e colocar o relógio como desculpa, ele, sempre o bode expiatório.

É como diria a Rebeca: >_<

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ditado por francine guilen

uma coisa que me deixa muito mais tranqüila é que a profissão de escritora é uma das únicas que podem ser exercidas além-túmulo. ou seja, se não der tempo aqui, pelo menos terei alguma coisa pra fazer durante a eternidade. e viva a zíbia gasparetto.

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