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Pout-pourri da vida, do fim de semana (do ano ainda não)

  • Não que seja nenhuma novidade, mas tá difícil morar no Centro (ou no Baixo-bem-baixo-Higienópolis). Encontro meus amigos descolados que moram em Pinheiros e eles juram de pés juntos que a região que eu moro é A REGIÃO MAIS INCRÍVEL DE SÃO PAULO (ora vejam bem, amigos descolados que moram em Pinheiros. Se a região é assim tão legal, por que vocês não vêm morar por aqui também viver essa legalzice toda?).

 

  • Vejam vocês, ao me mudar de Pinheiros pra cá eu comecei sofrendo com o barulho de motos, ônibus e mendigos gritando pela rua. Tão diferente do meu antigo apartamento no sétimo andar virado para os fundos em um bairro residencial. Mas tudo bem. Inventei mil truques e acostumei. Depois veio o barulho do bar da esquina toda noite (sério, QUEM É QUE RI TÃO ALTO NUM HAPPY HOUR?). Inventei mil truques e acostumei. Bem. Aí que minha vizinhança aqui no prédio está mudando. Primeiro, literalmente o prédio inteiro aqui ao lado mudou: decidiram abrir um centro para moradores de rua aqui ao lado de casa. E, embora os moradores aqui do prédio tenham encenado esta cena do Caça-Fantasmas durante o mês inteiro que precedeu a abertura do tal centro, posso dizer que não temos taaaanto problema com a mendicância local. Mas o barulho… imaginem um churras-mendigo rolando 24 horas por dia na janela do seu banheiro. O que dizer? Sim. Inventei mil truques. Acostumei. Mas também tem a outra vizinhança, e é aqui que a coisa começa a ficar bem legal: os velhinhos aqui do prédio estão se mandando para lugares melhores (se é que vocês me entendem) e dando lugar pra jovens que descobriram que o preço na Santa Cecília é bom. Daí que há alguns meses, uma galera se mudou para dois (dois!!!) apartamentos acima. E eles adoram andar com os calcanhares. Às 3 da manhã. Em cima do meu quarto. E eu ouço. Adivinhem? Isso. inventei mil truques… e estava acostumando. Até que semana passada se mudou um novo vizinho pro apê logo em cima. E se o vizinho dos dois andares acima costumava andar com os calcanhares… o que dizer do vizinho novo do andar logo acima do meu? Que suspeito que deve praticar corrida com pernas de pau durante todo o dia. E ele tem uma tara estranha por arrastar móveis nas horas mais estranhas.

 

  • O QUE ACONTECEU, EU PERGUNTO, COM O BOM E VELHO CARPETE?

 

  • Aí que eu decidi me mudar… exceto que meu marido não decidiu por isso. E enquanto não saímos desse impasse, decidi que a minha casa será a casa mais barulhenta de todas no universo conhecido. Agora é música TV Netflix rádio Spotify máquina de lavar ar condicionado e ventilador operando ao mesmo tempo. Que é pra eu não ouvir nada.

 

  • E ainda virá a Rebeca, que espero que grite bastante no meu ouvido.

 

  • Outra novidade é que em breve eu e marido seremos dois adultos funcionais e finalmente teremos um carro! Sim, sociedade. Chegou a hora. E decidi começar a me comportar como esses adultos funcionais motorizados. Sempre tão chiques, sempre tão indisponíveis quando acontece alguma coisa que os faz ficar “sem carro”. Não vejo a hora de poder usar a frase “não posso ir, pois estou sem carro”. Porque, claro, é impossível se locomover na cidade de São Paulo se você não estiver com seu carro. Eu mesma passei meus últimos 30 anos sem sair de casa.

 

  • É chique demais: desculpe, não posso ir, estou sem carro. Não vejo a hora de poder usar essa desculpa esfarrapada com toda a elegância.

 

  • Abraços.

 

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