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Já perdi (?) amigos de todas as cores

A mesma facilidade que tenho para fazer amigos, tenho para perdê-los. Perco mais amigos que guarda-chuvas, isso é verdade. Não consigo manter contato, quando me dizem “vamos marcar” respondo “vamos mesmo” e o tanto de gente que perdi por julgar mal dá mais que uma mão. Já tive amizades que acabaram mal na porta da balada e amizades que acabaram bem, no aeroporto.

Por que deu vontade de escrever isso? Primeiro, talvez um pedido de desculpa por ser assim, não muito dada a amizades. Mas mais que isso: um agradecimento àqueles que permanecem. Aqueles que mantiveram contato daquele jeito mambembe (que é o mais gostoso), aqueles que também responderam “vamos mesmo” e que de vez em quando apareceram mesmo e aqueles que me julgaram mal de volta, e ainda me ajudaram a melhorar com isso. Como essas pessoas fazem bem. Como eu gosto.

Quanto mais velha fico, menos eu acredito que amizade é uma coisa eterna. Acho mais que é uma coisa terna, mesmo. É aquela pessoa que não prestou naquele momento da sua vida, que quase levou um tapa na cara de tanta raiva que você teve naquele dia, mas que hoje rende bate papos divertidos no Google Talk. Ou aquela que fazia todo o sentido quando o assunto era reclamar de (falta de) homens e que hoje não cola mais, porque o assunto que grudava a amizade desapareceu.

—-

É, e é por isso que amo escrever. Porque arruma o pensamento. 🙂

Relendo esse post, percebo que não perdi um amigo sequer. Perder é não lembrar onde ficou. Perder é dar branco. Não. Não deu branco coisa nenhuma. Eu lembro a cores onde cada um ficou e sei muito bem o lugar de cada um hoje. Quer dizer que a gente se deixou lá porque era hora de fazer isso. Mais ou menos como essa pelúcia que me acompanhou em tantas noites, dos 15 aos 25 anos. E que deixei um dia no caminho porque não dava mais. Não sei até que ponto isso é egoísta ou realista. Mas se tem uma coisa que aprendi na prática é que amizade que acumula ácaros não é saudável, não.

io IO2

Tentei. 🙂

3 Comments

  • Luana Ayres
    Posted 25 de setembro de 2014 at 22:28

    Amizade é uma coisa um bocado complicada. Dá um aperto no coração lembrar dos momentos que vivi, sorri e chorei ao lado de uma pessoa que, hoje, vejo apenas entre meus amigos do facebook ou na agenda telefônica.
    Mas o sentimento mais constante que tenho sobre amizades não é este de ”perder”, ou deixar no caminho, amigos, mas sim de amizades que poderiam ter acontecido. Parafraseando Rui Barbosa, sinto saudade dos amigos que não cheguei a ter.

  • Cláu
    Posted 26 de setembro de 2014 at 04:10

    texto bonito. 🙂
    pensando nele aqui.
    qualquer dia volto.

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