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-E se você fosse um sonho que eu sonhasse e eu fosse um sonho que você sonhasse, o que aconteceria com o que acordasse primeiro?

Chegou a hora. Entrei na parte 4 do meu livro. É agora que a história começa a mostrar qual será a grande luta do protagonista. E é agora que eu preciso ficar muito fria. Qualquer azinho fora da vírgula pode deixar tudo muito exagerado e aborrecido. Mais ou menos como comentei aqui, quando falei das minhas decisões sobre a personalidade do vilão. É como pisar em ovos explosivos.

Aí que quase travei no primeiro diálogo desse delicado trecho. Eu tinha na cabeça o tipo de querela que queria que acontecesse pra situar o leitor nas profundezas dessa parte da história, mas achei que não seria capaz de transportar a SENSAÇÃO do que eu pensava para um diálogo. Um diálogo que tinha que ser ao mesmo tempo profundo, ao mesmo tempo engraçado e ao mesmo tempo aflitivo (escrever diálogo é tão difícil, demorei pra pegar o jeito).

A boa notícia é que ontem à noite concluí esse trecho, estou engraçadoprofundoaflitivamente orgulhosa e não paro de relê-lo. Pena que não posso colocar aqui, por motivos de nem morta.

Agora, profundo, engraçado e aflitivo mesmo é escrever. Meu Word diz que estou na página 113, minha cabeça diz que estou só no começo e minha ansiedade nem consegue dizer nada porque não para de gritar palavras sem sentido.

1 Comment

  • Carol Guilen
    Posted 12 de abril de 2012 at 13:41

    gostei do “por motivos de nem morta” 😛

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