Não sabia que era assim, no entanto é óbvio que é assim!
Chegando quase na página 100 do meu livro, decidi parar e reler a história desde o início, já corrigindo errinhos, exageros ou desexageros. E vi o quanto isso é fundamental pro meu processo de criação. Primeiro, porque hoje tenho uma visão muito mais madura sobre a história e o que pretendo com ela, e aparar as arestas agora e redescobrir alguns trechos tem sido fantástico pra entender minha própria vida (sim, de verdade). Segundo, porque é importantíssimo não perder o fio da meada. Ora, a primeira página, nesse modelo, nasceu em 2007. São 4 anos de sentar pra escrever e começar do ponto em que parei sem lembrar se tinha parado a história de dia ou de noite, se chovia ou fazia sol, o que gera uns erros muito engraçados.
Percebi, por exemplo, que cheguei a descrever o mesmo cenário ou personagem mais de uma vez, e de formas diferentes e contraditórias. Tipo o prédio que em um capítulo parece o coliseu, e no seguinte vira um castelo de tijolinhos à vista. E é o prédio mais importante da história.
Fica a dica, se isso funcionar pro seu processo de escrita: de 100 em 100 páginas, pare tudo e releia a história, com um olhar de leitor e continuísta de si mesmo. Além de ser fundamental, é muito bom como controle de qualidade: se você continua gostando do que escreveu há 4 anos, provavelmente é porque o material é bom. : )
3 Comments
Douglas Araujo
…tô esperando esse livro há muitos parágrafos atrás.
quero dedicatória.
Francine Guilen
Funny, aguarde a festa das 100 páginas, fechada para vips!
Cláu
A página 100 só pode chegar em outubro do ano que vem.
Ou em dezembro.
Estou dando opções, Fran 🙂 haha