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briefing.

O texto abaixo não é meu. Não sei de quem é, recebi do Sr. Spuri e achei fantástico. 😀

“Cansados de refazer por várias vezes os trabalhos a pedido de seus clientes, publicitários criaram uma espécie de “Comanda da Criação”. Agora, quem escolhe como vai ficar o trabalho é o próprio anunciante, e não mais as agências de publicidade. Com a novidade, vai ser cada vez mais fácil aprovar os famosos “jobs” e a satisfação será garantida!

1- Escolha uma cor primária para o trabalho?
( ) Azul
( ) Vermelho
( ) Amarelo
( ) Verde
( ) Branco
( ) Preto
( ) Outros ________________________________________

2- Que figuras serão usadas?
( ) Pessoas, quantas?____________________________
( ) Formas abstratas, muito ou pouco abstratas?_________
( ) Animais, qual?______________________________

3- Qual personagem publicitário o senhor gostaria de ver no trabalho?
( ) Funcionários felizes
( ) Criança
( ) Cachorro
( ) Mulher de biquíni
( ) Pais e Filhos
( ) Irmãos ou amigos
( ) Outros _______________________________________

4- Qual o tamanho da logomarca no anúncio?
( ) Grande
( ) Muito grande
( ) Absurdamente grande
( ) Na verdade eu quero uma logo enorme e cintilante ocupando todo o espaço

5- Quais as formas devem ser priorizadas no trabalho?
( ) Círculos
( ) Quadrados
( ) Triângulos
( ) Outros ___________________________________

6- Quais as fontes o senhor gostaria de ver em nosso trabalho?
( ) Grossas
( ) Finas
( ) Antigas
( ) Moderninhas
( ) Tortinhas
( ) Com tracinhos nas extremidades
( ) Outras ______________________________

7- Escolha a forma do texto:
( ) Informativo longo
( ) Informativo curto
( ) Com sacadinha
( ) Sem sacadinha
( ) Duplo sentido
( ) Trocadilho
( ) Racional
( ) Emotivo
( ) Outro ______________________________

8- Qual o apelo do trabalho:
( ) Desejo
( ) Preço
( ) Promoção
( ) Diversão
( ) Fome
( ) Sede
( ) Tudo junto, eu nasci sem o mínimo poder de síntese
( ) Outro ______________________________

9- Quantas vezes o senhor vai mudar de idéia durante a execução do trabalho e pedirá para refazer esta comanda?
( ) 7
( ) 49
( ) 80
( ) Todas
( ) É melhor vocês refazerem esse questionário

10- Quais opções da mesma coisa o senhor deseja?
( ) Várias, que eu mereço
( ) Várias, que eu estou pagando
( ) Várias, eu realmente adoro o atendimento de vocês
( ) Várias, o que eu gosto mesmo e de ver quantas vezes vocês conseguem fazer a mesma coisa sem enlouquecerem e começarem a se matar com golpes de mouse

11- Quais informações devem entrar no trabalho, não importa qual?
(  ) Endereço
( ) e-mail
( ) Telefone
( ) CNPJ, título de eleitor e reservista
( ) “Onde tiver espaço em branco sempre cabe uma mensagem”

12- Qual mídia o senhor acha que seria fundamental para sua estratégia?
( ) Impressos
( ) Anúncio
( ) Comercial de TV
( ) Comercial de rádio
( ) Outdoor
( ) Busdoor
( ) Pipi door
( ) The Doors
( ) Outros doors, quais?_________________________

13- Qual o prazo do trabalho?
( ) Pra ontem
( ) Pra anteontem
( ) Ainda não sei
( ) Te ligo quando faltarem 15 minutos
( ) A graça é a surpresa

14- Quantas pessoas em série terão que aprovar esse trabalho?
( ) 5
( ) 17
( ) 97
( ) Minha esposa
( ) Minha esposa, porteiro, empregada e papagaio
( ) Outros, quem?_______________________________”

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leia.

esse blog correu risco de vida hoje por cerca de 7 horas. Durante esse tempo eu pensei seriamente em desativá-lo e seguir só com o Pargarávio.

Foi então que eu vi que ele anda com mais visitas que o Pargarávio, e sinceramente não sei se isso me deixa quicando de felicidade ou chafurdando de tristeza.

Paciência, adiante:

A galera tá lendo pouco. A New Zealand Book Council (eu nunca sei direito o que esses Conselhos fazem…) sabe disso. Uma das desculpas da galera é que 8 horas por dia de trabalho ininterrupto impedem qualquer cristão de desenvolver um hábito saudável de leitura.

Por mais que seja saudável/referencial/e às vezes não fazer mal não pega nem bem você abrir um livro de 500 páginas na frente do seu chefe, colocar os fones e ler como se não houvesse amanhã.

Daí o tal Conselho criou o sensacional Read at Work. Trata-se de uma coleção de livros camuflados num desktop Windows padrão. Com ele, você pode pôr sua leitura em dia e ninguém vai nem perceber que, em vez de estar montando aquele ppt campeão, você na real está lendo Virgínia Wolf.

Fantástico, fantástico, isso é genial. Ai meus cotovelos.

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Ensaio sobre a Cegueira – reação do Saramago depois de ver o filme.

só falo uma coisa: eu quero.
Posso ser o Saramago ou o Fernando Meirelles. Mas de preferência o Saramago.
Posso até estar velhinha. Mas eu quero.

(desculpem o amontoado de vídeos que o Palitos tá virando, mas é bom também).

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Let Me Sing, Let Me Sing

Esse vídeo foi uma ação de guerrilha de um site de venda de Tickets online, o Lastminute.com. O conceito é simprão: “Há quanto você não vai ao teatro?”

Sempre quis fazer uma ação assim. Nem tanto pra um produto, mas pra vida, tipo intervenção artística mesmo.

Como ação, é a mais clichê e primeira idéia impossível. Na real eu nem sei se funciona (vide as caras de lhama das pessoas em volta). Mas comigo, que sou público-alvo mais que alva de peças musicais, funcionaria supimpamente.

Quanto às caras de lhama, talvez provenham dos genes anglo-saxões das vítimas. Talvez aqui no Brasil a galera entrasse na dança e cantasse também. Talvez não. Talvez a gente já tenha se perdido em meio aos fastfoodscocacolascidadesgrandesliberdadesculturaisdementira e herdado o grande e cinzento gene sisudo.

PS: Descobri que o Palitos é uma versão mais fácil do Rebecando. Mais fácil porque não precisa desenhar, pintar, tratar. É só chegar e escrever. Descobri porque sempre venho pra cá quando tenho algum protesto/lamentação/exaltação relacionada à vida profissional/acadêmica. Heh.

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+ do livro – e daí que é domingo e eu “não atualizo de domingo”?

Daí você precisa ter uma memória muito boa.

São muitos personagens, cada um com sua história. Tem que tratar todo mundo com o mesmo respeito. Daí acabei de começar a escrever sobre a Greta, e o Word com a mini-biografia dela (tenho de todos os personagens mais importantes) tá em casa*.

Não lembro se ela é órfã ou não, e creia, isso FAZ diferença. De qualquer forma, continuo a escrever, de teimosa. Mesmo correndo o risco de estar seguindo um auto-briefing errado. O mais engraçado é isso: que o livro é meu, se eu quiser mudar tudo enquanto escrevo, posso. Mas tem todo um planejamento, saca? E posso ferrar toda a história mais pra frente se agora eu esquecer de algum detalhe que eu já tinha pensado.

Reescrever não é opção. Não depois de 7 anos.

[*escrevi esse post no ônibus, há um tempinho. Então agora, como o Word em mãos, vejamos:

Greta

Menina egípcia que não conhece o pai (Bakarah), mas ouve histórias dele pela sua mãe.

Maldição imunda… vou ter que reescrever o trecho inteiro].

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e eu, então.

– Nossa, trabalhei muito hoje.

– E eu, então, não parei um minuto.

– Na minha agência eu mal consigo usar o banheiro.

– Rá, eu uso um penico embaixo da minha cadeira, de tão tensa que anda a coisa por lá.

– Nossa, comigo tá pior!! Trabalhei o último final de semana.

– Eu trabalhei sábado E domingo.

– E eu que trabalhei sábado E domingo de dia e de noite.

– Eu trabalhei sábado E domingo de dia e de noite nos últimos 15 meses.

– Eu mais ainda, trabalhei sábado, domingo, de dia e de noite nos últimos 15 meses sem parar pra ir ao banheiro uma vez.

– Nossa, mas você tá preocupado com banheiros ultimamente né? A gente não tem esse problema, a Pampers é nossa cliente.

– Quando tem concorrência a agência inteira se tranca, ninguém entra e ninguém sai pra não vazar informação.

– Na minha, a criação fica sem água e sem comida até surgir com o conceito certo.

– Na agência que eu trabalho, a criação fica sem água, sem comida e pendurada de cabeça pra baixo pras idéias fluirem mais rápido. Se não tivermos idéias temos que lamber o chão da agência por completo.

– Ontem eu trabalhei até às 5 da manhã, fiquei sem água, sem comida, pendurado de cabeça pra baixo, e fui obrigado a me alimentar dos restos de briefings errados que o Atendimento fez. Enquanto lambia o chão da agência.

– Você sabe, né, eu sou Atendimento e não tem área que trabalha mais que a minha, briefings não saem da noite pro dia, me obrigam a fazer um bem feito, mesmo quando estou vendada, carregando tijolos para construir as pirâmides no turno das 2 horas.

– Isso é moleza, pra mim é pior. Eu não durmo faz cerca de 2 anos.

– E eu então! Morri ano passado e mesmo assim meu chefe me ligou. Fui obrigado a recorrer à magia negra pra me auto-ressuscitar e voltar a trabalhar. O RH disse que assim é melhor já que não preciso receber o plano de saúde.

– E o RH da MINHA agência que é um velho nazista que carrega instrumentos de tortura na mochila da Adidas e quando nosso time sheet diário tem menos que 25 horas nós somos atirados dentro das privadas dos serventes.

– Cara, e eu então, que…

Trabalhar todo mundo trabalha. Loucamente? Na maioria das vezes sim. Aos finais de semana? Sim também. Acontece que a coisa virou tão um concurso de beleza, tão um quemdámais, que eu me sinto a pior profissional do mundo quando admito “ok, hoje até que o ritmo esteve tranquilo por aqui, até saí pra tomar um cafézinho”.

Essa do mundo publicitário glamourizar as horas extras como se elas fossem um sofrimento genuíno (não precisam ser) e como se fosse uma competição pra ver que quem é mais escravizado é o mais bambambam do mercado… me dá um certo mal estar. Lembro sempre desse vídeo sinceríssimo do Monty Python.

que me desculpem.

sem mais. (adoro essa expressão).

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+

essa imagem serve pra dizer que

como eu estou “sem absolutamente nada pra fazer na minha vida, com os dias inteiros livres e saudáveis”, me meti em mais 3 projetos, e vim falar deles aqui hoje, talvez por marketing pessoal, talvez porque isso pode ser uma excelente desculpa para a desatualização do presente blogue.

1. voltei a atuar em hospitais como palhaça.

2. continuo com o blog Os Batatas, junto com a MaWá, que atualizamos quando o trabalho na agência assim o permite.

3. comecei o blog Valendo!, junto com o Teco. Esse novo projeto ainda é recém nascido, mas já me traz muita felicidade. Trata-se de uma brincadeira: o Teco (que desenha muito!) faz uma ilustração. Antes de ele enviá-la pra mim, e sem falar do que se trata a obra de arte que ele está fazendo, eu escrevo uma frase pra servir de legenda pra imagem. Daí a brincadeira resulta em uma legenda sem sentido, engraçada ou intrigante. E o mais mágico: geralmente o texto e a imagem combinam! =D

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