Cortesia da Cláu : )

Uma história de amor entre P (página) e S (screen [tela, em inglês]). Essa é a história contada em um pop up book bem atual, usando os famigerados QR Codes (eu os odeio, mas que aqui cabe, cabe). Fiquei doidinha pra comprar.
Que venha a próxima geração dos livros. Acho que o livro que estou escrevendo agora é meu último sem tchananans de outras mídias. ACHO.
Olha o site. Agora olha o vídeo:
Agora tchau.
O negócio é assim, direto, pof, soco no nariz.
Estou aqui no trabalho fazendo hora esperando minha amiga escritora e feliz e passei por esse vídeo da Elizabeth Gilbert no TED. Ela começa fazendo uma pergunta semelhante: “todo mundo está confortável com essa noção de que grandes gênios devem ser perturbados e problemáticos, tomadores de gim pela manhã?”.
Depois disso, tudo o que ela diz sobre criatividade é muito bacana. Ela basicamente resgata a história da criação oriental, que antigamente acreditava que a inspiração, a genialidade criativa vinha de fora, vinha de um ente mágico, de um… gênio (daqueles da lâmpada, mesmo). Quando nós ocidentais começamos a querer racionalizar o universo, a inspiração se tornou uma coisa que vem de dentro do próprio artista, mas continuamos a tratar o próprio artista como o ente mágico, o gênio da lâmpada. E isso é um peso absurdo.
Alguns trechos em inglês, porque estou com preguiça de traduzir:
“…But, when it comes to writing…Is it logical that anybody should be expected to be afraid of the work that they feel they were put on this Earth to do. You know, and what is it specifically about creative ventures that seems to make us really nervous about each other’s mental health in a way that other careers kind of don’t do, you know?
We writers…[and] creative people across all genres, it seems, have this reputation for being enormously mentally unstable. And all you have to do is look at the very grim death count in the 20th century alone, of really magnificent creative minds who died young and often at their own hands…But we don’t even blink when we hear somebody say this because we’ve heard that kind of stuff for so long and somehow we’ve completely internalized and accepted collectively this notion that creativity and suffering are somehow inherently linked and that artistry, in the end, will always ultimately lead to anguish.”
Antes que vocês perguntem, minha resposta é não. : )
Vale a assistida:
Comprar uma bicicleta.
Escrever meu livro usando a técnica Pomodoro todos os dias (em outras palavras, terminar meu livro esse ano).
Fazer bolhas de sabão com meu namorado.
Fazer meu diário de 2013 ser o mais legal de todos.
Fazer todas as receitas do livro de chocolate que ganhei de amigo ladrão no Panamá em 2012.
Ir mais ao circo.
Assistir a mais musicais.
Consertar meu órgão. Ou comprar um piano. Ou parar de ter desculpas para não tocar tanto quanto deveria.
Revelar minhas fotos.
Tirar mais fotos.
E revelar essas fotos.
Pensar a sério em um casamento que tenha um carrossel como atração.
Ver mais a Cláu.
Fazer menos freelas.
Andar menos de táxi.
Celebrar fins de semana temáticos ao menos uma vez por mês.
Ir mais aos Sescs.
Ser a melhor tia do mundo.
Tirar meus sapatos de sapateado do armário mais vezes.
Compartilhar essa newsletter de ano novo com vocês.
Compartilhar esse post com decisões de ano novo dos outros com vocês.
Amar vocês.
Vocês já devem ter ouvido falar (ou visto, vocês aí, os mais moderninhos) as tais impressoras 3D (eu mesma nunca vi, mas tenho pavor só de imaginar o tipo de bugs que elas irão dar, se as 2D já nos deixam na mão…). No melhor estilo Deep Blue vs. Kasparov, uns caras organizaram uma competição entre o genial Dominic Wilcox e uma dessas impressoras do futuro.
O que nos faz refletir sobre a relação arte humana versus arte da máquina e toda aquela coisa que já foi discutida até esgotar há décadas atrás – mas que sempre é bom relembrar, vendo tanto diretor de arte dependente do computador por aí. : )
Olha o vídeo. É curto e divertido!
É, não tem jeito. Não vou conseguir escapar desse fim de ano ilesa, ilesa no sentido NÃO VOU ESCREVER UM POST MELADO DE FIM DE ANO. É que eu amo esses posts de encerramento de fases, e embora hoje seja só dia 21/12, vai que o mundo acaba, eu seja arrebatada, e vocês fiquem aí sem entender nada, então né.
É que tanta coisa aconteceu! Tanta coisa boa, tanto sapateado, tanta luzinha piscando, tanto trabalho (taaaanto trabalho!!!), tantos musicais, tanta Nova York, tanto amigo novo, tanta mudança, tanto sorriso. Que eu… que eu quase que explodo. É que terminei o ano passado tão judiada que comecei esse ano levantando meu queixo (e minha mão) láááá pro alto e começando minha vida quase do zero.
Aí redecorei minha casa inteira e ganhei uma casa linda. Vendi um monte de quinquilharias que não me faziam mais bem nenhum e decidi começar uma pós. E ganhei amigos muito legais e um novo ponto de vista profissional.
E uma terça de madrugada minha irmã me liga pra me contar que minha avó tinha partido. O que me fez chorar, um pouco de saudade, um pouco de felicidade de ter tido aquela santa como avó. E muito de vontade de continuar o amor dela aqui na Terra.
E um domingo de manhã, bem cedo, minha irmã me liga pra me contar, em primeira mão, que estava grávida. E no último dia 5 ganhei uma sobrinha. Que me fez chorar quando a vi pelo Skype pela primeira vez. Vendo aquela coisinha nova mostrando que a vida funciona assim.
E um sábado à toa, de tarde, resolvo provar um ponto. E sem querer ajudo a transformar uma amizade de 8 anos em um amor tão lindo, tão divertido, que eu achava que só existia em filme da Disney. E ganhei um namorado que me mostra que a vida funciona sim.
Aí teve o dia em que saí de um emprego de 4 anos pra começar em outro bastante diferente. Aí teve o dia em que desembarquei em Nova York e outro no Panamá com uma das minhas melhores amigas. Aí teve o fim de semana que passei na favela entrevistando famílias e mudando vidas (inclusive a minha).
Aí tem hoje. E uma vontade de fazer essa nova vida que criei em 2012 florescer cada vez mais. Com essas novas pessoas que Deus me deu, todo sorridente e que eu agradeço muito.
Obrigada por vocês! : )
Tem um exercício que gosto bastante: é escolher um tema e ver as infinitas diferentes respostas que diferentes artistas dão para esse tema. Faz uns 3 anos tive o prazer de ir à uma exposição super bem humorada nesse formato – no caso, era uma carta de término de relacionamento narrada ou representada por diferentes pessoas (dá uma sacada nesse link aqui), organizada pela francesa Sophie Calle – e foi uma das expos mais legais que já vi.
Enfim, faz uns (100) anos guardo esse link aqui que queria compartilhar com vocês. É um concurso aleatório que aconteceu em algum momento do passado, em que pediram pra que as pessoas se desenhassem imaginando como elas estariam com 100 anos de idade. Amo ver como cada traço e narrativa do desenho mostra pensamentos diferentes. Acho inspirador. Já fiz isso uma vez com uma personagem do meu livro, a Rebeca (nossa, lembrei disso agora, qualquer dia posto todos os desenhos aqui!) e ajudou a imaginar ela melhor. 🙂
Uia. Consegui misturar 3 assuntos em 2 parágrafos. Essa sou eu. A hiperlínkica eu.
Enfim, seguem abaixo as imagens desse concurso de 100 anos de idade que falei em algum momento lá em cima.
Ufa.
Medidor da força de uma ideia: quanto menos palavras pra explicar, melhor.