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Texto de trabalho

Como você usa agenda? Anota a tarefa que tem pra fazer, não faz hoje, esquece amanhã, passa pra depois de amanhã, repassa pra daí um mês, aí você faz. E risca. E que bom riscar a tarefa, dá vontade de pegar um pacote de apitos e celebrar (mesmo quando você só riscou porque riscar é legal, sem fazer nada). E língua de sogra.

Vitor Hugo denunciou os problemas, mas não resolveu

Questione o óbvio. Por favor, criticam o cristianismo há uns dois mil anos antes daquela sua tia carola nascer. Enquanto todo mundo questionar as mesmas coisas, as respostas serão sempre as mesmas.
Algumas atitudes que vejo Tenho a ompressão de que se dependesse da atirude “rebelde de muita gente por aqui ainda estaríamos nos achando homens da caverna muito modernos e bem resolvidos sem aquela roda ridículo q aqueles velhos inventaram

Criar sem medo. Se criticarem, sei que tá bom, a crítica dói menos.

Post nonsense com trechos de rascunhos feitos durante 2011.

Mais que hora de limpar rascunhos, né? 🙂

E se quiser algo com mais sustância, dá um pulinho aqui: http://blogsupimpa.wordpress.com/2011/12/31/um-ano-novo-charmoso/

Vem, 2012 SEU LINDO!!!

Ps: o iPhone corrigiu nonsense como nonagenária

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sobridade

Sobre idades: só recentemente parei (ou estou tentando parar, é difícil) com uma encrenca mental de que a vida é feita de infância-adolescência-fase adulta-velhice e morte e só pode ser enxergada assim. Desse ponto de vista, quem morre aos 30 anos não teve uma vida completa, e isso não existe. A vida se completa assim que a gente morre, independente da idade, então como a vida é doida e podemos morrer a qualquer segundo (ufa, não foi esse, esse também não, olha, tou viva ainda) um raciocínio bacana é pensar assim: minha biografia já está completa. A cada segundo sua vida é essa, pronta e empacotada e quando rolar o ponto final é porque a história já estava lida e linda, independente se você já construiu um império ou não.

Isso ajuda a não pirar, a não focar  a vida apenas na espera de alguém que não vem e a olhar pra esse link de um jeito diferente.

Preparado?

Clique, conte quantos anos você tem e veja as coisas que pessoas realizaram quando tinham a sua idade.

E depois vale a pena ver esse vídeo que me faz meio que chorar sempre que assisto:

 

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as listas de 2011

Porque a frase acima é a frase de 2011 e porque fim de ano que é fim de ano precisa ter listas. Eu acredito que um ano é muito mais que os livros que você leu ou os shows que você frequentou (muito mais? é COMPLETAMENTE mais), mas como o blog fala sobre cultura, acho que combina e vamos ser felizes assim.

Estou sem o menor saco pra escrever resenhas aqui, então vai só o que lembro de ter consumido esse ano, em ordem do melhor para o pior, na minha opinião, em cada categoria, como curiosidade, mesmo. Divirta-se : )

LIVROS QUE LI EM 2011

Paris é uma Festa (Hemingway)

Tudo se Ilumina (Jonathan Safran Foer)

The Catcher in the Rye (J. D. Salinger)

Ilusões Perdidas (Balzac)

Cem Anos de Solidão (Gabriel Garcia Marquez)

Viver e Escrever 1 (Edla von Steen)

O Velho e o Mar (Hemingway)

The Financial Lives of the Poets (Jess Walter)

O Gigante Gargântua (Rabelais)

Os Prazeres e Desprazeres do Trabalho (Alain de Botton)

A Idade da Razão (Sartre)

Misto Quente (Bukowski)

 

(GRANDE PARTE DOS) FILMES A QUE ASSISTI EM 2011

Marcelino Pão e Vinho

O Rei Leão 3D

O Palhaço

Meia Noite em Paris

A Última Loucura de Mel Brooks

A Mais Querida do Mundo

Amores Brutos

Adivinhe Quem Vem para Jantar

Um Casamento Original

Arthur – O Milionário Sedutor

Quinteto da Morte

Ama-me ou Esquece-me

Agora Seremos Felizes

A Morte lhe Cai Bem

Mogli – O Menino Lobo – Disco 1

Taxi Driver

Terra dos Mortos

Iris

Loki – Arnaldo Baptista

Malu de Bicicleta

É Proibido Amar

A Vida de David Gale

Direito de Amar

Metrópolis

Mistérios da Carne

Cilada.com.br


(UM POUCO DAS ) PEÇAS, SHOWS E EXPERIÊNCIAS CULTURAIS DE 2011

Ok Go

Tangos e Tragédias

Cirque du Soleil Varekai

Tarântulas & Tarantinos

New York, New York!

Banda Gentileza

Dinner in the Sky

Trupe Chá de Boldo

Kate Nash

 

E, pra finalizar, normalmente eu acabaria publicando a trilha sonora de 2011, mas acho que ela inteira pode ser resumida neste vídeo abaixo. Um 2012 lindo assim pra vocês.

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Três Palitos | Trupe Chá de Boldo

Que bom ver você por aqui. : ) Bom porque hoje é tarde de estreia de um novo projeto do Palitos de Fósforo, o Três Palitos.

A proposta é mostrar como pessoas das mais diversas áreas lidam com seus processos criativos e ouvir alguns causos inspiradores ao pé do fogo. Basicamente, fiz 3 perguntas relacionadas à criação e fui atrás do que cada um tem a dizer. As perguntas são basicamente: 1 – comente sobre o processo criativo de algum trabalho seu 2- você já teve algum bloqueio criativo? 3- o que você pretende mudar ou ressaltar com suas criações?

Tá a fim de participar? Manda um e-mail pra mim!

E a estreia desse projeto não poderia ser melhor: convidei o pessoal da Trupe Chá de Boldo, uma banda surgiu pra mim como um antídoto às bandinhas disfarçadas de inteligentes que ficam chorando pelos cantos reclamando da vida – e por isso marcou bastante esse ano que se vai para mim. Conheça a Trupe e confira as respostas deles!

Site Myspace

A Trupe Chá de Boldo nasceu no início de 2005. Em pouco tempo, sua formação inicial de apenas 3 pessoas multiplicou-se, até chegar a sua formação atual e fazer jus ao nome, com seus 13 integrantes.

Em julho de 2007, a Trupe gravou seu disco demo. Após o lançamento no Teatro Uranus recebeu o convite para se apresentar no Studio Sp, ainda localizado na Vila Madalena. E foi lá, depois no baixo Augusta, Teatro Oficina, Sesc Pompeia e nos pré-carnavais armados em parceria com a banda Cérebro Eletrônico e a cantora Tulipa Ruiz que a Trupe Chá de Boldo – afetada pela urbanidade poética de São Paulo e pela convivência com diversos artistas da cena musical paulistana – iniciou o “Bárbaro”, seu primeiro álbum.

O disco, que contou com a produção musical de Alfredo Bello, foi gravado entre agosto e outubro de 2009 e  lançado em maio de 2010. Desta viagem participaram ainda, entre outros tantos, Simone Sou, Gabriel Levy, Tatá Aeroplano, Gero Camilo e Leo Cavalcanti. Desde então a Trupe leva sua música para diversos palcos do Estado de São Paulo. Neste exato momento, a Trupe encontra-se em estúdio gravando seu próximo álbum! Aguarde 2012 para o lançamento deste novo disco que tem a produção musical assinada por Gustavo Ruiz Chagas e participações especiais de André Abujamra, Lu Horta, Marcelo Preto, Alzira Espíndola, Peri Pane, Tatá Aeroplano e Márcia Castro.

1. A INSPIRAÇÃO
O bom da inspiração é quando ela pira mesmo. Algumas canções da banda foram animadas por histórias loucas. “À lina”, por exemplo, nasceu às vésperas da Trupe realizar um show no Teatro Oficina. Como estávamos muito concentrados nessa história toda acabamos pesquisando um pouco da história da Lina Bo Bardi, da relação dela com o Oficina. Lemos uma frase em que ela diz que um arquiteto não atravessa, mas sim quebra as paredes. A partir daí começamos a pensar em como a cidade poderia ser diferente se os espaços fossem mais abertos. Por isso os versos “pra que entrem todos os insetos/ para aqui dentro desembolorar/ para ver melhor a rua/ para a lua poder entrar/ para quem curte o sol/ para quem quer se soltar/ para que as plantas todas/ aos poucos possam se aproximar/ eu quero quebrar as paredes/”. No próximo disco da Trupe, gravado em outubro e em processo de mixagem e masterização, algumas canções irromperam de situações vividas. “Verão” aconteceu depois que alguns integrantes da banda passaram a morar juntos. A escolha em viver juntos e não cada um sozinho, com a mulher, a namorada, enfim, é explicitada pela letra. “…meu bem/ melhor no porto que a porta/ melhor na chuva que com chave/ melhor no sol do que na sala/ melhor na estrada do que no estrado”. A vida inspira!

2. O BLOQUEIO
A gente não passou ainda por um bloqueio criativo. Mas logo após a gravação de um disco existe um período mais desértico, de relaxamento. Às vezes as canções demoram para reaparecer. É um momento importante. É aquela “pausa de mil compassos/ para ver as meninas/ e nada mais nos braços” que canta o Paulinho da Viola.

3. O PODER CRIATIVO
Não sabemos o que podemos alterar na ordem universal. Certamente há quem seja “afetado” pela nossa música de algum modo…  Mas no corpo a corpo, no que é pessoal e intransferível, podemos dizer que cada um da banda se transforma fazendo música. Depois de lançarmos Bárbaro experimentamos um tanto de coisas. Agora o resultado disso está prestes a ficar pronto. Em uma das faixas do disco, até chegar no mar, a gente canta: “pra você que transforma heavy em leve/ cansaço em canção/ pra você que transforma em mim/ o que virá em verão/ eu canto…”. A música não seria isso? Uma transformação incessante? Nesse disco afirmamos que sim.

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e eu nem lembrava disso!

Continuando nas minhas catanças, encontrei um presente que fiz para uma amiga em 2007. Era uma caixa com uma lâmpada, um punhado de café, um CD, várias fichas com sugestões e o manual de instruções transcrito aqui. 2012, estejas pronto para mais presentes assim. : )

MANUAL DE INSTRUÇÕES

Parabéns! Você acaba de ganhar os ingredientes para ter a sua própria Epifania®. Em breve, seguindo esse manual de instruções direitinho, você pode ser a feliz proprietária de uma Epifania®! Para isso, porém, é preciso fazê-la nascer e depois manter a danada viva. Epifanias® são um espécime raro, em extinção e um tanto delicados, exigentes pra chuchu. Para ficarem vivas por mais tempo que seu segundo inicial, precisam ser mantidas em um ambiente específico e alimentadas com uma ração especial, além de outras regalias e regras que só elas entendem. Estes são os 7 passos para o sucesso para uma Epifania® feliz:

Passo 1: retire sua Epifania® de dentro de sua caixinha-incubadora. Você saberá se ela está viva quando sua luz estiver acesa.

Passo 2: desembale a maçã. Siga os passos de Isaac Newton e faça-a cair sobre a sua cabeça. Porém, é importante que a maçã caia sem querer. Assim nascem as Epifanias®. Você não pode estar esperando, e tentar fazer com que ela aconteça sem querer pode apenas complicar as coisas. Dica: deixe a maçã em algum lugar alto de sua casa onde ela possa cair sobre sua cabeça a qualquer momento.

Passo 3: diariamente sorteie alguma ficha presente na caixa de idéias. Assim que você tiver despertado a Epifania®, o próximo passo é alimentá-la. A caixinha de idéias é a caixa de ração desse seu novo bichinho de estimação. Seu prato preferido é quase qualquer coisa que tenha idéias, seja em filmes, músicas ou textos. Porém, tome cuidado. Textos do Orkut em demasia contêm toxinas e podem matá-la a qualquer instante.

Passo 4: é importante que você não desista no meio dos Passos. É provável que sua cabeça esteja doendo com a batida da maçã e o sono te invadiu depois de ter lido a caixinha com idéias. Para se manter acordada e sem vontade de voltar à vida pré-Epifânica, sinta-se à vontade e sirva-se de muita cafeína. Ou qualquer coisa equivalente.

Passo 5: retire o CD da caixinha, e o coloque em um tocador de músicas (o lado brilhante fica para baixo). Saia pela casa dançando, enquanto faz faxina. O habitat natural das Epifanias® é um lugar muito agradável e cheio de músicas felizes. Se um dia sua Epifania parecer um pouco adoentada e desanimada, você vai ver como ela parecerá mais feliz ao ouvir determinadas músicas. Mesmo que você talvez não goste do estilo musical das ditas-cujas, sua criação vai gostar que você leia as letras para entendê-las melhor.

Passo 6 E MAIS IMPORTANTE: olhe para sua Epifania®. Ela parece viva ou ainda parece estar apagada? Se ela continuar apagada, aí entra a regra de ouro das criações de Epifania®: A IDÉIA IDIOTA. Idéias idiotas nascem com mais constância que as Epifanias®, mas as pessoas raramente dão tanto valor pra elas. Quando associadas à Epifania®, elas podem fazer maravilhas. Quando você presta atenção na idéia idiota, você mais tarde pensa: “Puxa vida, como é que não pensei nisso antes?”. Esse inclusive é o melhor slogan para toda e qualquer Epifania®. No caso, a idéia idiota que você não pensou antes é simples. Para colocar a Epifania® em funcionamento, basta uma simples e última coisa: ligar a lâmpada na tomada.

– só lembrando que na falta de lâmpadas, palitos sempre resolvem : )

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o homem que socializava demais

Fazendo uma limpeza das boas no HD do meu macbuquinho, estou aqui lendo textos antigos, da época em que eu tinha o Pargarávio e. E eu era legal. O passado não exclui o presente, mas no passado posso dizer sem medo de parecer chatinha: eu era legal. Encontrei uma crônica daqueles tempos (mais precisamente de uma

Quinta-feira, Abril 19, 2007)

O Homem que Socializava Demais

Aconteceu num dia, foi de repente, assim tão de repente que parecia até coisa da Clarice Lispector. Ele tinha acordado meio Calvino aquele dia, e sabia que alguma coisa de muito inconveniente resultaria desse fato. Foi mais ou menos (um pouco mais do que menos) quando ele entrou no ônibus e viu aquele senhor puxando a cordinha pra avisar o motorista. Aquela cordinha, aquela cordinha puída e insignificante foi o estopim para o início do momento epifânico, que se fosse escrito pela Clarice daria meio que um livro inteiro, daqueles bem cheios de aaaahs e oooooohs e inclusive protagonizaria uma cena de luxúria e um suicídio, ao mesmo tempo (teria até gente se enforcando na cordinha, coisa feia de se ver). Mas como não sou Clarice (e agradeço aos céus a cada dia por isso), só vou dizer que

Oh – pensou o homem em um pensamento monossilábico. E ele olhou em volta e viu quanta gente tinha em volta dele. E ele percebeu que todas as pessoas eram pessoas. E que todas as pessoas (que eram pessoas) tinham algo a dizer pra ele. Que se ele tivesse nascido no bairro vizinho, provavelmente seria o melhor amigo do motorista do ônibus, e que nada ou pouca coisa impediria de que aquela simpática velhota babando no banco de trás fosse sua sogra.

Então ele pensou em um universo em crise em que ele conhecesse todo mundo. Seria tão mais fácil, e ele teria as chances e as oportunidades em dobro, em triplo, em quádruplo, em pentágonuplo. Só conhecendo todas as pessoas do mundo ele seria capaz de saber tudo o que a vida poderia lhe oferecer. Ele não imaginaria mais como seria seu futuro se ele fosse amigo da menina de óculos que andava na calçada do outro lado da avenida. Era só chegar lá, e fazer o futuro acontecer fora da imaginação dele. E ele começou sua estratégia. Entrava e dava oi. Pra todos. Cumprimentava com beijinho, se apresentava, dava cartão de visita. No começo, falava do tempo, comentava sobre a política e o futebol, mas a prática foi tamanha que ele era capaz de saber o assunto preferido de seu mais novo conhecido antes mesmo de cumprimentá-lo. E foi. E o trabalho foi ficando cada vez mais prático. Quanto mais gente ele conhecia, mais eles lhe apresentavam seus amigos, que apresentavam seus amigos, que apresentavam seus amigos.

Muitas vezes, em sua primeira aproximação, as pessoas se espezinhavam e a polícia era chamada. Mas ele conhecia todo o corpo de polícia. Tudo acabava em um jantar numa pizzaria próxima. De graça, porque ele era amigo do dono.

E era chamado pra festas, e nas festas conhecia todo mundo. E no ônibus conhecia todo mundo. E na sua casa, é, na sua casa também. Nas ruas, nem andava mais, tendo que parar pra cumprimentar todo mundo. E pra lembrar as datas e as preferências de cada um, foi tabulando em livros e HDs, tem hoje uma biblioteca muito completa em casa. Ele até conhece você, acredite. E como ele sofria ao cubo com as mesquinharias de amizades e relacionamentos, mas como ele se divertia. Se divertia e se divertia.

Certa vez perguntaram pra ele o que ele vai fazer quando conhecer todas as pessoas.
– Provavelmente vou me convencer de que elas são tão parecidas comigo, mas tão parecidas, todas elas, que vou achar mais divertido comprar uma cabra. Agora me dê licença, porque preciso visitar 5 mil crianças que estão nascendo hoje. Cada nascimento é um novo contato, é um trabalho sem fim.

 

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