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planos pra abraçar a chuva

Write the book that feels urgent to you, that feels like a contribution. Why else do it?

Deb Olin Unferth

 

Desenvolvi uma receita pra feriados esquisitos de meio de semana (ou pra vida, que muitas vezes fica com aquele jeitão de feriado esquisito de meio de semana, sem emenda alguma).

É fazer tudo o que na minha cabeça está sendo empurrado pra depois. É ficar cheirosa, tomar café da manhã com cara de almoço na minha doceria favorita, ouvindo músicas da década de 20 e escrever e escrever e escrever. Fiz esse teste dia desses e rendi bastante. Não é porque eu “parei” com o NaNoWriMo (porque estava me dando taquicardia de ansiedade todo fim de dia – juro!) que parei de querer escrever bastante esse mês.

E se tudo der certo, hoje também vou pegar os filmes da minha viagem do ano passado e fazer uma edição bem legal. E que horas eu paro pra pensar em besteira ou no quanto de coisa que não tem ido como eu esperava? Na hora que eu parar de gostar da chuva.

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Ratatouille

É tão lindo. Estou sendo “perseguida” por Paris e histórias que dizem claramente pra você ser feliz com seu verdadeiro talento.

Gato toma leite, rato come queijo e eu escrevo.

E tô aqui vendo o remy, enquanto janto um dos pratos mais gostosos que já fiz! : ) – medalhão de filé mignon na mostarda, salada de escarola, radichio e alface e risoto de queijo com azeitona.

Feliz noite pra quem é de feliz noite.

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The Hidden World of Girls

Não existe “todas as mulheres são”, não existe “nenhuma mulher é”. 7 bilhões de pessoas no mundo é muita gente. E cada um(a) de nós tem seu valor e seu mundo muito maior do que nós mesmo(a)s pensamos. Sem a ideia de que toda mulher ou é a faz-tudo bem resolvida da propaganda de absorvente (“para uma mulher que é muitas”zzzzzzzzzzzzzzZZZZ) ou é esmagada por dogmas culturais (odeio esse termo).

Ouça esse podcast e tente não sorrir ou se emocionar. Sem clichê de gênero, de emoção, de religião, de estado civil ou de cultura, é um programa de 1 hora de duração apresentado pela Tina Fey, com várias mulheres contando suas histórias de vida. De viúvas russas que cantam Beatles a muçulmanas que correm de carro, a uma menina que criou um projeto com velhinhas na prisão: entrevistas com garotas e as mulheres que elas viraram.

O que há em comum em todas as histórias é como a criatividade foi o carro propulsor de superação ou de manutenção da felicidade dessas meninas. Inteligente e completamente fora do lugar-comum. Vale ouvir: aqui.

 

 

E o projeto aqui. 

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personalidade de bolso | vota em mim :)

No último feriado, passei o dia fazendo esse vídeo pra um concursinho. Tem essa versão no Vimeo:

 

 

e tem essa, no YouTube:

 

 

Só mudei o tratamento da imagem, mesmo. Fiquei testando a nova ferramenta de edição direto do YouTube e achei uma diversão só.

Quanto ao concurso, se puder votar em mim, serei eternamente grata! Clica aqui pra votar : ) Vale votar quantas vezes quiser!

namastê!

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steal.

Steal like an artist, como diria Austin Kleon.

“Nada é original. Roube de qualquer lugar que pareça inspirador ou preencha sua imaginação. Devore filmes antigos, músicas novas, livros, pinturas, fotografias, poemas, sonhos, conversas aleatórias, arquitetura, pontes, placas de rua, árvores, nuvens, poças d’água, luz e sombras. Escolha roubar apenas do que fala diretamente com sua alma. Se você fizer isso, seu trabalho (e furto) serão autênticos. A autenticidade tem um valor incalculável; a originalidade não existe.  E não se incomode em esconder sua ‘bandidagem’ – celebre ela, se você quiser. Não importa o que aconteça, lembre-se sempre do que Jean Luc Godard disse: ‘Não é daonde você tira suas ideias – é para onde você as leva.”

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NaNoWriMo – 1 a 30 de novembro

Olha, uma das coisas mais legais dos últimos tempos tem sido as trocas de e-mails com a Cláu, cheios de planos e ideias. É dela que vêm saindo algumas descobertas fantásticas, como O NaNoWriMo, National Novel Writing Month, um evento que inspira escritores e aspirantes a escritores a pararem de reclamar e escreverem um livro de 50 mil palavras, do rascunho ao ponto final, em 1 mês.

Esse evento não tem prêmio, mas tem vencedores: todo mundo que conseguir escrever esse tal livro express. Tanto é esse o objetivo que os organizadores nem esperam que dessa experiência nasçam grandes obras primas (embora o famoso Água para Elefantes tenha nascido de uma brincadeira dessas). A graça, mesmo, é o desafio externo pra você sair da inércia, se esforçar e perceber que é capaz. E daí em diante caprichar de verdade.

“Qual é o objetivo? ‘O desafio é uma maneira maravilhosa de expandir a imaginação e soltar a criatividade’, diz o Fundador – Diretor Executivo (e vencedor do NaNoWriMo por 12 vezes) Chris Baty. ‘Quando você escreve prezando pela quantidade em vez da qualidade, acaba conseguindo as duas coisas. Além disso, tem uma bela desculpa pra não precisar lavar louça por um mês’. 

Mais de 650 voluntários regionais em mais de 60 países organizam Write-ins, que reúnem os participantes em cafés, bibliotecas e livrarias. Esses Write-ins servem pra formar um ambiente de apoio e até de uma certa pressão divertida entre os participantes, que funcionam muito bem e transformam o (normalmente) solitário ato de escrever em uma experiência compartilhada. Esse senso de comunidade vai além das páginas, inclusive – tanto que já tivemos dúzias de casamentos e pelo menos seis bebês resultantes do NaNoWriMo através dos anos.”

O jeito que eles tratam a ideia é que é divertido demais. Tem badges pra baixar, projetos com bibliotecas e livrarias de bairro, uma versão pra molecada e uma pra roteiristas e uma festa com comes, bebes, música… e 6 horas de escrita ininterruptas!

Eu estou aqui, feliz por finalmente ter minhas 58 mil palavras escritas em 10 anos e não posso nem sonhar em largá-las por um mês pra começar outras. Mas me inscrevi no grupo brasileiro do NaNoWriMo, que tem quase mil pessoas, e estou super curiosa, esperando ano que vem pra participar! : )

E você? Tudo bem que esse post veio com 5 dias de atraso, mas ainda vale.

CORRE!

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como vai vossa vilania?

Acredito em tudo, e por isso mesmo não acredito em coincidências. Por um conluio de situações, acaba de me bater uma visão importantíssima sobre meu livro. : )

É que cheguei num capítulo bastante delicado: é hora de apresentar o vilão da história. Sim, porque minha história tem um vilão. O processo de criação dele nasceu meio sem sal, mas cresceu: primeiro, eu sabia que tinha que haver um ser meio mau ali dentro, mas não conseguia desenhar a motivação do rapaz. E também queria fugir do comum, puro e simples “quero ser do mal e conquistar o mundo”. Aí, com o tempo, principalmente agora que a razão de ser do meu livro está clara, fui conseguindo desenhar bem, na minha mente, qual é o problema do moço. Consegui enxergar traços dele me incomodando em pessoas reais e, de repente, a motivação dele apareceu muito clara pra mim. De um jeito que agora, consigo ver o vilão do meu livro escondido no dia a dia. E isso é bacana, porque, na hora de escrever, vai me dar vontade genuína de fazer esse personagem perder no fim da história. Destruir os planos dele vai ser uma maneira de representar a minha luta pessoal contra o que eu acredito ser mal sem bater em ninguém na vida real. Útil, né? : )

Chegar aí foi fácil.

Só que, do jeito que andava, transformar minha história em um panfleto chato das minhas ideias também ia ficar fácil demais.

Até 10 minutos atrás, sempre que eu pensava no meu vilão, vinha aquela coisa pesada, bem construída psicologicamente, dramática, até. Aí, hoje é feriado, blábláblá, resolvi almoçar com a TV (morar sozinha tem suas xaropadas), e vi um trecho do coelhinho vilão do Deu a Louca na Chapeuzinho. Nem é um grande personagem, sei. Mas, de repente, TCHOF. Ele me fez sacar uma coisa importante: vilões podem ter construtos psicológicos muito profundos, mas não precisam ser pesados e densos de maneira a virar um buraco negro na história. Meu livro gosta de ser leve, é até bem engraçado, e o meu vilão, do jeito que eu andava imaginando, corria o risco de por tudo a perder.

(olha que metalinguagem!)

Aí decidi: as motivações são as mesmas, mas ele vai ser ENGRAÇADO. Vai passar a minha ideia sem parecer que está dando lição de moral (vou ser muito mais beakman que professor chattoff). Vai ser caricato sem ser maniqueísta. E você vai entender ele e você vai rir dele e você vai odiar ele.

Vai ser um baita exercício! Que vai fazer bem pra saúde dos meus leitores. : )

A foto lá em cima não é à toa. Judge Doom é um vilão que tem as características que falei, e vai ser exemplo pro meu (afinal, pra quem não sabe, o clima do meu livro é bastante Uma Cilada para Roger Rabbit):

Amiguinhos e amiguinhas… é isso!!!

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