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se alguém quiser visualizar um pouquinho como as imagens do meu livro são na minha cabeça, vale ver as obras do Tide Hellmeister.

Essa aqui Ă© uma preciosidade que fica aqui na agĂȘncia trazida pelo AndrĂ©, filho do Tide : )

 

 

 

 

 

 

 

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Fomos criados pra criar

NĂŁo fomos criados pra passar um domingo Ă  noite assistindo a FantĂĄstico. NĂŁo fomos criados pra ligar pro disk qualquer coisa e ficar esperando deitados ela chegar. NĂŁo fomos criados pra dar scroll eterno em redes sociais que nos dizem  muito sobre nada. NĂŁo fomos criados pra passar 20 minutos no ponto de ĂŽnibus se podemos chegar a pĂ© em 10. NĂŁo fomos criados pra dar play e ficarmos muito contentes com aquela mĂșsica genial feita por outra pessoa. NĂŁo fomos criados pra entupir a cabeça de ideias alheias e devolvĂȘ-las por aĂ­ sem filtro porque o filtro quebrou. NĂŁo fomos criados pra viver uma vida em que nĂŁo acreditamos porque “sĂł existe essa opção”. NĂŁo fomos criados pra reclamar confortavelmente da falta de opçÔes.

Não. Quando fomos criados o plano era outro. Tudo o que fica parado começa a morrer.  Vida emperrada é um negócio sério.

Isso Ă© um pouquinho assim bem pouquinho do que eu penso. Se ajudar, ajudou. : )

 

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hoje Ă© dia do escritor

O que me faz pensar. Quando vou parar de me apresentar como Francine publicitĂĄria e me apresentar como Francine escritora?

Uma questão de mudança de substantivos (ou de adjetivos, se eu for boa ou ruim o suficiente)? Uma questão de mudança (ou melhoria) de espírito?*

Vamos comemorar a data escrevendo nossos livros?

(ou tem coisa melhor pra fazer?)

 

*

 

 

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ilusÔes reencontradas

Estou lendo meu primeiro Balzac, o enorme IlusĂ”es Perdidas, livro esse que, como quase todo livro que pego pra ler, nem sabia do que se tratava. Eis que ele tem falado comigo, por uma sĂ©rie de razĂ”es, sendo algumas delas razĂ”es criativas. Daquele jeito bem over francĂȘs do sĂ©culo 19 (gosto), ele conta a histĂłria de um poeta de provĂ­ncia que vai pra Paris e se perde.

Tem um trecho muito legal, falado por um gĂȘnio do bem no livro, que quero dividir:

“-…o gĂȘnio Ă© a paciĂȘncia. A paciĂȘncia Ă©, com efeito, o que no homem mais se assemelha ao processo que a natureza emprega em suas criaçÔes. O que Ă© a Arte, senhor, senĂŁo a natureza concentrada?

-NĂŁo se pode ser um grande homem gratuitamente. O gĂȘnio orvalha suas obras com lĂĄgrimas. O talento Ă© uma entidade moral que tem, como todos os seres, uma infĂąncia sujeita a vĂĄrias doenças. A sociedade repele os talentos incompletos como a natureza elimina as criaturas fracas ou mal conformadas. Quem se quer elevar acima dos homens deve preparar-se para a luta, nĂŁo recuar, diante de dificuldade alguma. Um grande escritor Ă© um mĂĄrtir que nĂŁo morrerĂĄ. Eis tudo. O senhor tem na fronte o selo do gĂȘnio: se nĂŁo tem dele a vontade no coração, se dele nĂŁo possui a paciĂȘncia angĂ©lica, se a qualquer distĂąncia da meta em que o ponham os caprichos do destino nĂŁo souber retomar o caminho do seu infinito, como as tartarugas que, seja qual for o lugar em que estiverem, tomam sempre o rumo do seu amado Oceano, entĂŁo renuncie hoje mesmo.”

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de onde vem uma, vem mais?

E aĂ­? VocĂȘ se garante?

NĂŁo sei se Ă© um desapego zenbudista com ideias, autoconfiança criativa ou burrice mesmo, mas a verdade Ă© que sou assim e nunca me dei realmente mal com isso: nĂŁo tenho medo de piratas. Em tempos de creative commons, de direitos autorais tĂŁo em escalas de cinza, de download de mĂșsicas e de CTRL C CTRL V logo ali no cantinho do teclado, Ă© atĂ© ingenuidade acreditar que uma ideia sua Ă© sua e vocĂȘ sozinho vai ganhar muitos dinheiros com ela.

Pode reclamar Ă  vontade, mas vocĂȘ sabe que nĂŁo Ă© mais assim. Viva com isso. Aprenda a criar jeitos pra divulgar suas criaçÔes. Deixe sua ideia aberta pros outros. O mundo precisa delas mais do que nunca. E nĂŁo Ă© sĂł quem pode pagar que tem o direito de alcançå-las.

Se vocĂȘ for bom, seu nome vai acompanhar suas ideias naturalmente. E o dinheiro vem daĂ­: nĂŁo necessariamente na forma de royalties, mas em ofertas de emprego, palestras, contatos, abraços. Se vocĂȘ for Ăłtimo, quem sabe tenha atĂ© a sorte de ver trabalhos ruins dos outros circularem pela internet com o seu nome (como aquela Ășltima corrente escrita pelo Shakespeare que recebi por e-mail dia desses…).

Quer um exemplo de gente que cuida das ideias sem cobrar e sem se cobrar? Acessa o Steal Our Ideas e toma vergonha nessa cara criativa. : )

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